ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕏𝕍𝕀𝕀𝕀

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(2714 palavras)

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DAVI FICA atento, imaginando que possa usar algo dessa ligação a seu favor. Como Isabela não imagina que isso possa acontecer, ela deixa a porta de acesso aberta, assim Davi se aproxima, fingindo que iria ao closet pegar o tal livro e fica escutando toda a conversa dela.

— Tá tudo bem, tio? - ele vê Isabela sentar-se na beira de sua cama — Isso é muito bom. Com certeza o padre Antônio poderá nos ajudar. Se o senhor está mesmo disposto...

Isabela dá uma pausa escutando o que está sendo dito do outro lado da linha.

— Posso ligar pra ele...

😈 "Ela vai ligar para o padre? O que ela quer com ele?"

— Na minha próxima folga eu levo o senhor comigo, garanto que o senhor vai se sentir muito bem. É tão gratificante... ver as pessoas sorrindo e felizes por tão pouco... Está certo.

Isabela sorria animadamente. Balançou a cabeça como uma negação animada.

😈" Com o que ela tá feliz?"

— Está certo... vou pedir em minhas orações também. Mas o senhor tem que me prometer que vai se comportar ou não oro por isso.

Ela sorriu novamente.

— Está bem, tio. Não vá beber... beijo, tchau!

Davi mais que depressa, entra no closet e Isabela desliga a chamada e volta para o quarto de Davi. Não o vê na cama e olha em volta.

— Davi!

— Aqui - ele sai do closet com um livro nas mãos — Fui pegar o livro.

Ela olhou para suas mãos notando o livro.

— Está tudo bem?

— Sim.

— Você parece feliz, aconteceu algo para deixar você tão animada assim?

— Estou bastante.

— Posso saber o motivo? Ou é segredo?

— Pode sim. Meu tio...

Davi caminhou de volta pra cama e no caminho, passando por Isabela, pegou em sua mão a levando junto com ele. Sentou-se e fez um gesto para que ela fizesse o mesmo.

— O que tem seu tio?

— Acho que ele vai aceitar se tratar.

— Que bom.

— E o melhor de tudo, de graça. Na clínica mantida pela paróquia do padre Antônio.

Davi teve que segurar o revirar de olhos, assim como não deixar Isabela notar seu desapontamento.

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