ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕍𝕀

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( 3498 palavras)

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ISABELA AINDA não havia conseguido um emprego, sua tia a atormentava todos os dias e o pouco dinheiro que Isabela havia guardado do que o Valentim lhe pagou, já não restava muito.
Era uma quinta-feira, Lúcifer havia determinado um novo prazo para que Davi se encontrasse com Isabela, mas o prazo já havia acabado e Lúcifer, como seus demônios já sabiam, não foi criado com uma dose alta de paciência, isso lhe faltou e muito. E como Araciel e Ananom já temiam, Lúcifer resolveu que ele daria um jeito no Amaymon.
Isabela juntamente com Taís e outras pessoas, estavam fazendo doação de sopa para moradores de rua. Era sua forma de sentir-se útil, já que não havia conseguido um emprego ainda. Sua tia Valdete, assim como Lúcifer, não tinha paciência e não queria deixar isso passar.

— Isa, você deveria repensar o meu convite para morar comigo. Só moro eu e minha mãe naquela casa, tem espaço para você.

— Obrigada, Tatá, mas eu ainda continuo lá, acho que por conta do tio Orlando. Mesmo minha tia ficando sempre chateada comigo, pois realmente eu não estou ajudando com nenhum dinheiro em casa, o meu tio me defende dos ataques e ofensas da minha tia. Esses dias fui até fazer uma faxina na casa de um amigo do patrão dele. Não foi muito, mas já deu para comprar leite e pães.

— Isa, você é boa demais. Tudo bem que o seu tio Orlando é bom com você, mas assim como você, ele mora de favor lá. Esses dias, você estava na rua buscando emprego, quando ouvi sua tia brigando com ele. Ela dizia pra ele parar de defender você ou ela colocaria vocês dois na rua.

— Ela não pode fazer isso com ele.

— Você duvida que ela faria?

— Não sei, mas não posso duvidar de nada em relação a ela.

— Isa, minha filha, eu tenho uma boa notícia pra você - disse o padre Antônio, que naquela noite também foi ajudar a distribuir sopa — O senhor Luiz Machado... aquele ali - ele apontou para um senhor de meia idade —, disse que soube de uma vaga para recepcionista numa fábrica de refrigerantes e bebidas. Não é grande coisa, mas até você achar outra vaga, pode tentar essa. Ele me disse até que falou com o dono, um tal Valentino e pediu pra você ir amanhã às  duas da tarde, fazer uma entrevista.

— Obrigada, padre Antônio. Obrigada, meu Deus! - ela abraçou o padre, que sorriu com seu gesto.

— Vai dar tudo certo, Isa. Só mantenha a fé.

Assim, continuaram com a distribuição de sopa. Naquela noite havia mais pessoas que o normal, buscando alimento, já passava de uma da madrugada quando Isabela se aproxima de Taís.

— Amiga, eu  preciso muito ir num banheiro...

— Usamos o banheiro do posto de gasolina, lá - ela apontou o posto a alguns metros de distância — é só você falar que está com o grupo do padre Antônio, que eles te dão a chave.

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