ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕏𝕀𝕀

67 16 16
                                    

(3311 palavras)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(3311 palavras)

COMO ESTÁ em sua semana de folga e sabe que para ter outra vai demorar bastante, Isabela resolve ir na igreja visitar o padre Antônio e dizer a ele que naquela semana, se ele precisar de ajuda com algum evento de caridade ou até mesmo ajuda na paróquia, que ela tem tempo disponível.

— Que bom que já está trabalhando minha filha. Eu soube que você não ficou na entrevista lá na fábrica de refrigerantes.

— Aconteceu algo muito chato lá, mas é passado, não importa. O importante agora é que consegui um bom emprego, ao menos por enquanto, eu tenho um trabalho e estou gostando bastante.

— Fico feliz. A propósito, sobre sua ajuda, vamos fazer doações de casacos e cobertores, já estamos no outono e em breve chegará o inverno. Que acha de nos ajudar nesse fim de tarde?

— Só me dizer o horário e encontro com todos aqui na porta da igreja. Quem vai?

— Chamei a Tatá, o Christian, Manuela e Claudio, Cecília, agora você e eu.

— Ok então. Que horas devo estar aqui?

— 16:00h, sairemos às 16:30h se todos chegarem no horário.

— Estarei aqui.

Ela volta pra sua casa, encontra-se com Tatá no meio do caminho e ambas combinam de irem juntas para a igreja naquele fim de tarde.

Enquanto caminhava de volta pra casa, conversando com sua melhor e única amiga, elas não percebiam um cara logo atrás tirando fotos das mesmas e às seguindo. Era um enviado de Diogo.

Passaram por um pedinte e Isabela lhe deu uma moedinha, e quando fazia isso...

Meu dinheiro é para passagem... - disse Valdete atrás dela, imitando a voz de Isabela, que se assustou, assim como Taís — Sabia que você tinha dinheiro! A diferença é que você prefere dar esmolas para um filho da puta qualquer, que ajudar a sua própria tia.

Isabela olhou em torno e percebeu as pessoas olhando para a cena e Valdete, que estava novamente embriagada, só aumentava mais e mais o tom de voz.

— Vamos tia, vamos pra casa.

— Eu não quero ir pra casa, vagaba. Eu preciso de ao menos uma moeda, só pra comprar um cigarrinho - Valdete então, apanha na mão do pedinte, a moeda que Isabela havia acabado de doar — Tenho mais direito que você. E se quer dinheiro, vá trabalhar, vagabundo!

Ela passou pelos três, entrando no boteco logo adiante. Isabela olhou para o pedinte, sem saber o que dizer ou fazer.

— Toma - Taís deu mais uma moeda ao pedinte — Vamos pra casa e pelo jeito, sua tia hoje só volta pra casa carregada.

Isabela pediu desculpas ao mendigo e seguiu pela calçada. Quando passou pela frente do bar, deu uma olhada e viu Valdete virando um copo de cachaça.

A 𝓐𝓹𝓸𝓼𝓽𝓪Onde histórias criam vida. Descubra agora