{Primeiro Livro da Trilogia Corações de Zaun.}
Sinopse:
Em meio às penumbras de Zaun, onde o Caos e a Ordem se entrelaçam como amantes traiçoeiros, duas figuras formidáveis se enfrentam como peças em um tabuleiro do destino.
Lyria Glasc, uma criatur...
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Vi estava em seu escritório, os cortes em seu rosto e braços cuidadosamente enfaixados. A máscara dourada da Criminosa com quem lutara estava sobre sua mesa, um objeto detalhado e intrigante. Ela a observava com olhos afiados, curiosidade e raiva misturadas.
A peça era uma obra de arte. Seus detalhes eram intrincados, as linhas angulares e precisas. Vi se perguntou sobre a mulher por trás dela. A força que ela possuía, a astúcia com que a enfrentara. A imagem de Lyria surgiu em sua mente: vestida com roupas elegantes, a máscara escondendo seu rosto. Ela era uma adversária formidável, de fato era.
Vi pegou a máscara, sentindo seu peso. Era metal? Ouro? Ela a examinou de perto, observando os reflexos na superfície polida. Talvez fosse uma mistura dos dois. Lyria era a filha de Renata Glasc, afinal, dona de um império poderoso conhecido por suas refinadas criações. Vi se perguntou o que mais a jovem escondia sob aquela máscara e por que a havia enfrentado com tanta ferocidade.
Vi abriu o uniforme, o calor da sala se mostrando sufocante. As ataduras que cobriam seus seios estavam úmidas e incômodas. A janela do escritório estava emperrada, mas Vi a forçou, precisando de ar fresco.
Seus olhos caíram sobre o arquivo da Criminosa. Lyria Glasc. A Garra da Baronesa. Uma adversária formidável, com astúcia e força que a desafiavam. Vi se lembrava da luta, dos golpes precisos, da maneira como Lyria a enfrentara. Vi sabia que a luta teria sido ainda mais brutal, se àquela máscara não tivesse caído e isso lhe dava a certeza, de que ela era mais do que uma simples Criminosa. Era uma ameaça perigosa.
— Quatro meses. — murmurou Vi para si mesma. — Quatro meses para capturá-la antes que Caitlyn e a mulher tesoura interfiram. — Ela sabia que o tempo era curto. A cidade estava mudando e figuras irritantes como Camille estavam ganhando terreno, mas eram nas sombras, Vi nunca vira a mulher executando suas ações na luz, aos olhos de todos e o caos que isso poderia acarretar para Zaun a deixava preocupada. Vi não permitiria que tomassem seu território. Não depois de mais de meia década lutando para manter o lugar em ordem.