{Primeiro Livro da Trilogia Corações de Zaun.}
Sinopse Simplificada:
Em meio às penumbras de Zaun, onde o Caos e a Ordem se entrelaçam como amantes traiçoeiros, duas figuras formidáveis se enfrentam como peças em um tabuleiro do destino.
Lyria Glasc...
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Lyria cruzou a entrada do apartamento, a mente ainda inquieta após os acontecimentos na Torre de Vidro.
A lembrança da Defensora presa à cadeira, o momento intenso e quente que tiveram, o gosto da mulher sob sua língua, tudo isso ainda ecoava em seus sentidos, ameaçando sua sanidade.
Lyria se jogou no sofá, exausta e com a mente fervilhando. Ela podia ver claramente a imagem da mulher, os músculos tensos, os olhos cheios da mistura abrasiva de raiva e confusão. A sensação de vê-la estremecer sob seu toque, os sons que ela fazia, as expressões que passavam por seu rosto, tudo isso estava gravado na mente de Lyria, deixando-a zonza com o calor.
A mulher era belíssima, deliciosamente irresistível, deixando-a na posição de se perguntar como conseguiria lidar com aquilo sem se apegar aos detalhes sobre ela.
Como conseguiria suportar àquela sensação que a afligia?
Era surreal, o fato de que independente do quanto quisesse, independente do quanto tivesse dela, parecia que mais insatisfeita ela se sentia.
Ela queria mais, precisava de mais, mas sabia que aquilo era perigoso. Não deveria alimentar aquela ânsia pela Defensora.
— Porra. — xingou, fechando os olhos e tentando acalmar a mente. — Se controle.
Ela daria qualquer coisa para descobrir como estava a mente da Defensora naquele instante. Gostaria de saber como ela se sentia. Lyria sorriu, imaginando a raiva da mulher, a culpa pelo corpo dela ter reagido a seus toques e a sua presença. Imaginar isso, lhe trazia uma sensação satisfatória.
E Lyria notou que adorava saber que mexia com ela.
A ideia de que Vi pudesse estar tão perturbada quanto ela era reconfortante de uma maneira estranha. Sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não conseguia evitar. A atração que sentia pela mulher era intensa, quase avassaladora e a ideia de que poderia ter algum controle sobre a Defensora a excitava e a assustava ao mesmo tempo.
— Preciso ser cuidadosa. — sussurrou, abrindo os olhos e encarando o teto. — Não posso deixar que isso ganhe mais espaço.
Ela sabia que precisava manter o foco em seus objetivos. A situação com Kayden e a Baronesa era urgente e qualquer distração além do recomendável, poderia trazer danos significativos. Mas, ao mesmo tempo, a presença da mulher em sua mente parecia ser inescapável.
