{Primeiro Livro da Trilogia Corações de Zaun.}
Sinopse Simplificada:
Em meio às penumbras de Zaun, onde o Caos e a Ordem se entrelaçam como amantes traiçoeiros, duas figuras formidáveis se enfrentam como peças em um tabuleiro do destino.
Lyria Glasc...
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Música para Trilha Sonora do Capítulo: Reed Wonder e Aurora Olivas_ Fatal Attraction.
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Lyria permanecia imersa em pensamentos sob o divã vermelho que dominava o centro da sala, uma taça de vinho tinto repousando entre seus dedos finos. A luz suave da lareira dançava pelas paredes, lançando um brilho dourado sobre a tatuagem em suas costas - os traços delicados davam forma a imagem de um sol e uma lua unidos em num eclipse, um símbolo que visitava seus sonhos desde a infância e agora se revelava sob a luz como um presságio.
O silêncio do apartamento era opressivo, as paredes luxuosas que antes ofereciam conforto agora pareciam se fechar sobre ela. Lyria se levantou com uma graça fluida e caminhou até a janela, olhando para fora. A liberdade parecia tão próxima, mas inatingível, as janelas se erguiam feito uma redoma de vidro, fazendo Lyria observar o mundo sem poder tocá-lo, feito um espécime aprisionado em uma câmara de vidro e aço.
Ela ponderou por longos minutos, a razão gritando dentro de si para que permanecesse onde estava, mas a necessidade de sentir o mundo lá fora se mostrou mais forte. Com um suspiro que carregava consigo o conflito e o desejo de liberdade, ela se vestiu com elegância, escolhendo trajes que complementavam sua figura e refletiam sua sofisticação inata. Com um gesto sutil, sua magia fluía como água corrente, tingindo seus cabelos de um negro profundo, escondendo qualquer traço que pudesse denunciá-la.
Após alimentar Snow e deixar o apartamento, o ar pesado de Zaun encheu seus pulmões e para Lyria, nunca houve oxigênio mais doce. A liberdade das ruas a deixou eufórica, cada passo a fazendo se sentir mais viva, cada respiração mais arfante.
Ela caminhou pelas ruas movimentadas, onde a noite de Zaun estava mais viva do que nunca. Seus passos a levaram em direção a um lugar que ela conhecia bem - uma boate noturna frequentada pelos indivíduos mais perigosos e influentes da cidade. Lá, Renata realizava mais uma de suas luxuosas festas naquela noite.
Lyria não gostava da ideia de estar no mesmo ambiente que sua mãe, mas sabia que ali, entre a elite da cidade, os Defensores teriam dificuldades para agir. Ela entrou na boate, a música pulsante e as luzes coloridas criando um mundo à parte, onde, por uma noite, Lyria poderia esquecer a caçada e simplesmente existir.
