Epílogo.

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Chad estava jogado no chão da sala, as costas escoradas com desconforto contra a parede em tons de verde e cinza

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Chad estava jogado no chão da sala, as costas escoradas com desconforto contra a parede em tons de verde e cinza. Seus olhos estavam cercados por olheiras profundas, que refletiam a noite mal dormida. A imagem desfocada de Pollux ao seu lado lentamente retornava ao seu foco e ele observou o restante dos seus amigos discutindo sobre o paradeiro de Lyria, que simplesmente havia evaporado, feito chuva sorrateira que some sem avisos.

Os pensamentos de Chad estavam emaranhados, uma mistura de preocupação e exaustão. Ele se lembrava dos últimos acontecimentos, de como Lyria finalmente havia conquistado sua liberdade das indústrias e de suas responsabilidades como Garra e Anjo Ceifador. Ela estava tão aliviada, havia esperado e lutado tanto por isso.

Então, por que diabos desapareceria agora?

A consciência de Chad começou a voltar ao presente completamente, as vozes de seus amigos lentamente penetrando sua mente nebulosa. Ele ouviu fragmentos da conversa, palavras soltas que se juntavam como peças de um quebra-cabeça incompleto.

— Não faz sentido.  — a voz de Pollux soava distante, mas carregada de uma análise racional. — Já fazem três dias.

— Precisamos encontrá-la. Não podemos simplesmente esperar... — Lav argumentou, sua voz firme, pernas balançando com inquietude.

Chad piscou, tentando focar. As vozes ao redor dele se tornaram mais claras, mais presentes. Ele ouviu Zander falando, mas não conseguiu captar todas as palavras. Algo sobre pistas, sobre procurar em lugares que Lyria costumava frequentar.

— Ela não tinha motivos para desaparecer dessa forma... — Chad interrompeu, sua voz rouca e determinada. Todos se viraram para ele, surpresos com sua súbita intervenção, após incontáveis minutos sem interagir. — Lyre finalmente havia conquistado sua liberdade. Ela não tinha razões para fazer isso.

Pollux assentiu lentamente, concordando a lógica de Chad.

— Mas então, o que aconteceu? — perguntou o inventor, a frustração evidente em seu tom.

— Talvez ela tenha sido forçada a ir embora. — sugeriu Verenna, sua expressão sombria. — Alguém pode ter ameaçado...

— Lyre não é alguém que se possa ameaçar. — cortou Zander, a voz firme.

Corações de Zaun_ Colisão Profana.Onde histórias criam vida. Descubra agora