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HARRY
Minhas pernas tremiam consecutivamente enquanto eu estava nervoso, ansiando por notícias de Violet. Ela passou muito mal na festa e me desesperei ao ver sua mão suja de sangue. Por sorte, havia postos de emergência ali e a colocaram numa ambulância o mais rápido possível. Pedi para que alguém da equipe buscasse seus documentos no camarim enquanto os paramédicos a colocavam na ambulância.
Eu estava nervoso, eu odiava hospitais e todas as vezes que vim neles, foi porque algo havia acontecido com Violet. E eu sabia que algo havia acontecido, ela estava pálida e perdendo muito sangue, e eu não conseguia acreditar que era apenas sua menstruação regulando. Eu sabia que algo grave havia acontecido e os médicos estavam e saiam do seu quarto, não me dando informações.
— Harry! — ouço a voz de Addie se aproximar, enquanto ela corria até mim. — O que aconteceu? — ela estava eufórica, resultado de sua corrida até aqui.
— Onde está minha mãe? — pergunto, engolindo em seco.
— Está pagando o táxi, Faith ficou com Ashley. — ela disse rapidamente, se sentando ao meu lado. — O que aconteceu? Me diga.
— Eu não sei, Addie. — esfrego minhas mãos em meu rosto. — Estava tudo bem até Violet quase desmaiar em meus braços. Ela estava sangrando e... Eu não sei. — sinto minha voz tremer, vendo minha mãe se aproximar. — Ela mal conseguia falar de tanta dor. Eu estou com medo. Medo do que pode acontecer com ela. — escondo meu rosto em minha mão, respirando fundo e tentando não chorar.
— Calma, filho. Vai ficar tudo bem, é apenas um susto. — ouço a voz macia de minha mãe.
— Eles não me falaram nada. Estão entrando e saindo do quarto dela com aparelhos e não me falam nada.
— Algum médico já veio aqui? — nego com a cabeça para a fala de Addie.
— Há quanto tempo estão aqui? — minha mãe pergunta.
— Acho que uma hora.
— Merda... — ouço Addie murmurar, colocando a mão em sua testa.
Ficamos em silêncio, angustiados por uma resposta. Mas ela só veio depois de mais duas horas angustiantes.
— Como ela está? — nos levantamos assim que vimos o médico se aproximar, com uma cara nada boa. E eu tinha medo exatamente disso.
— Violet está bem e estável agora. O importante é que ela está longe de perigo e está dormindo nesse momento. — ele disse, sendo calmo. Sinto minhas mãos tremerem, a notícia não era boa e eu senti isso.
— O que aconteceu, doutor? — minha mãe perguntou, enquanto eu me sentava na cadeira e colocava minhas mãos em meu rosto, esperando pela a bomba. O doutor demorou um tempo para nos responder, mas logo soltou.
