Clementine Amélia – 1, Janeiro de 2020
"Vamos usar do meu dinheiro roubado para o almoço também?"
"Pela enésima vez, está todo com você" E ele sabe, nessa altura continua me perguntando para me irritar, no mínimo, qual a alegria que ele sente em fazer isso mesmo? Talvez se eu apenas não desse corda. "Aqui."
Virei Calum para frente, e seu queixo caiu na mesma hora, é uma vista simplesmente perfeita, vale a pena a escadaria toda para subir, e pelo almoço perfeitamente calórico e delicioso no museu, eu acho que é um exercício para compensar.
Me afastei um pouco dele enquanto Calum ainda passava os olhos pelo verde tomando conta do local e as construções coloridas de Florença. Abri a câmera do celular registrando a reação dele, é ainda melhor que a própria vista.
"É incrível, de verdade." Assenti, dando um empurrão fraco com o ombro para ele se aproximar mais, não estava muito cheiro por aqui, e estava fazendo muito sol, até mesmo mais quente que Roma. "Sério, não te faz pensar que nós somos ridiculamente pequenos em relação a... Isso tudo, na verdade."
"Agora que você falou." Disse após alguns segundos fitando o horizonte. "Principalmente se considerar que os seres humanos gostam de se colocar no topo do mundo, é sempre bom nos lembrarmos a nossa real..."
"Inferioridade?" Eu ia de algo mais sutil, mas sim, nossa inferioridade e nossa ignorância, que ouvi dizer que é uma benção, mas eu passo essa. "É, não é uma mania de grandeza querer conhecer tudo isso? Ou só burrice não aproveitar tudo isso. Por que eu passei tanto tempo em Los Angeles trancafiado num quarto sem ter o que fazer?" Sorri segurando sua mão, o virando mais uma vez, para mim dessa vez, de costas para a vista.
"É Calum, todos temos que abrir os olhos para o quão perfeito pode ser o mundo que vivemos, não reclame de não ter começado antes, apenas sorria por ter começado. Sério, sorria." Ele fez uma careta para a câmera, parecia não saber o que fazer com os braços quando apontava a câmera para ele assim, então os esticou, e ofereceu aquele sorriso enorme que mal deixava que eu visse seus olhos, e bati a foto, duas, na primeira vez prestava mais atenção nele do que para onde eu apontava o celular.
"Perfeito! Mas eu estou com fome." É o que ele mais falou nesse curto período de tempo, mas dou um descanso, eu o deixei dormir no terraço, no frio, o arrastei para fora de casa cedo e nesse tempo todo só tomou aquele suco verde triste de Clarissa.
Eu não planejava olhar cada detalhe do museu também, mas eu não conseguia deixar de observar nada enquanto íamos para fora, onde tinham as mesas. Sei que disse que história e fatos tediosos não o ajudariam a ter inspiração, mas algumas valem a pena.
"O que vai querer?" Perguntei quando os cardápios foram entregues e ele parecia ligeiramente confuso com tudo ali.
"Você escolhe."
"Isso é muita responsabilidade, Hood."
"Eu confio em você, Amélia."
"Amélia é nome do meio."
Ele me olhou por cima do cardápio e eu sorri, balançando a cabeça e voltando minha atenção aos pratos, eu sabia exatamente o que Calum iria amar provar. Eu prometi os melhores lugares mas posso incluir os melhores sabores da Itália.
Uma biblioteca, perto da meia noite
"Por que?"
"Meu deus, você não para de fazer perguntas?"
"Isso foi uma pergunta?" Que ele respondeu com outra. Tentar segurar a risada fez com que ela saísse mais alta da minha boca, Calum e algumas pessoas ao redor pediram silêncio, ele por estar bêbado, os outros por estarmos em uma biblioteca, eu ainda não entendi o que estamos fazendo aqui. "Por que concordou em me guiar, se não gostava de mim, e de repente somos melhores amigos?"
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Love you, goodbye - cth
Romantik"Eu sinto sua falta nas minhas músicas" Não era uma afirmação alegre, mas ela ainda riu, primeiro sorriu e depois soltou todo o nervosismo dentro de si com uma risada alta. Poderia ter dito apenas que sentia falta dela como uma pessoa normal. "Entã...