Jeon Jeongguk, um raro híbrido da linhagem sangue de dragão, que foi mandado e abandonado na cidade amaldiçoada de Busan por causa de um acidente no processo de amadurecimento e reconhecimento para com quem ele verdadeiramente era, se vê sem saídas...
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Encontros no segundo Estado.
Ano de 1885 - Em algum lugar do mar, Coréia.
O mar era enjoativo e deixava Taehyung mal humorado, mesmo ele sendo um rapaz sempre alegre e regado ao bom humor, as ondas batendo contra o casco do navio irritava seus ouvidos e não o deixava nem ouvir seus pensamento e muito menos se concentrar em seus pergaminhos.
Estava estudando os pergaminhos que Nostradamus havia dado sobre a linhagem dos sangue de Dragão e mais alguns sobre como era a antiga cidadela de Busan. Sentiu um arrepio percorrer a espinha, não era medroso ou covarde, mas as velhas amas haviam contado tantas histórias macabras sobre a cidadela, que Taehyung fantasiava que encontraria demônios andando livremente pelas ruelas e monstros que se escondiam debaixo das camas soltos por todo lugar.
Taehyung passou as mãos nos cabelos pretos, ondulados e um pouco crescidos, estavam há quase dois meses navegando e ele não via a hora de um dos marinheiros gritarem no alto do mastro que estavam perto do porto da cidade amaldiçoada. Soltou o ar frustrado pela boca, escorando a cintura no marco da vigia observando a água bater na borda falsa e os marinheiros baldeando o navio. Era loucura estar ali, há meses dentro de uma caixa de madeira levada por velas, atrás do herdeiro de Seoul.
Jeongguk estava há muitos anos na cidadela, só sabiam que ele estava vivo porque o rei mandava de tempos em tempos algum mensageiro descobrir o paradeiro dele, trocando informações por escambo através de pedaços de comida e algumas moedas Mun. Era loucura sair em um terreno habitado por ladrões e nômades atrás de um híbrido de dragão herdeiro do reino de Seoul.
E, se porventura, não achassem o rapaz? E se ele morreu de alguma peste e os informantes super confiáveis do rei estivessem mentindo para com o real estado de saúde do pequeno príncipe?
Taehyung inflou as bochechas mais uma vez, saindo de perto da vigia do camarote pequeno do navio Abyss, indo até a sua mesinha com alguns petiscos que foram mandados para ele, pegando apenas uma das maçãs. Não tinha estômago para sobreviver mais alguns dias dentro daquele amontoado de pregos balançantes, ele poderia jurar que mesmo quando o mar estava calmo em noites estreladas, seu cérebro continuava chacoalhando como peixe na ponta da lança.
— Oh, senhor Kim, resolveste sair da toca e dar-nos a honra da sua ilustre presença acabada? — Seokjin disse, fazendo uma reverência exagerada para Taehyung, enquanto passava pelos camarotes. — Enjoou outra vez? Ficará por quanto tempo nessa situação?
Taehyung rolou os olhos, mordendo a maçã e mastigando, sentindo seu estômago revirar e gritar por algo que o sustentasse de verdade.
— Eu não tenho culpa se meu estômago não foi feito para o mar, prefiro ficar assado de tanto cavalgar do que sentir até meu suor se juntando ao mar.
