I hate her

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POV CAROLINA VOLTAN

Assim que Ayla abre a porta de entrada, óbvio, que quem está do lado de fora é Bárbara e o irmão dela.

— Oi, Bárbara. Oi, Victor! – Ayla cumprimenta os dois empolgada, como nunca fez antes.

Posso ver no rosto dos dois irmãos uma clara confusão, como se eles se perguntassem "O que rolou para ela estar assim?".

— Oi, Ayla. – Bárbara diz incerta, com uma sobrancelha erguida.

Victor apenas sorri para a minha irmã e a cumprimenta como sempre, um breve aperto de mão.

— Vem, vamos sentar ali no sofá. – Ayla convida os dois, e Bárbara finalmente olha para o sofá, mais especificamente, para mim. Segundos depois de termos sustentado um olhar, eu não sei porque, ela levou sua atenção para Gabriel que está ao meu lado.

— Acho que prefiro cumprimentar seus pais primeiro, sabe me dizer onde eles estão? – Bárbara pergunta para Ayla, voltando a olhá-la.

— Acho que estão na cozinha. – Minha irmã da de ombros.

— Eles estão no escritório do papai. – Me intrometo, corrigindo Ayla.

— Oi para você também, loirinha. – Bárbara diz provocativa, e eu sorrio em deboche.

— 'Tá carente de oi, Passos? – Retruco provocativa também, e ela ri fraco.

— 'Tô carente de beijar na boca, quer me ajudar? – Pergunta sugestiva, e eu reviro os olhos rindo.

— Você não ia dar oi para os meus pais? É falta de educação a visita não dar oi para os anfitriões. – Digo de forma sínica, e ela dá de ombros.

— Já que se importa tanto, quer me mostrar onde fica o escritório do seu pai? – Ela pergunta, e nos seus lábios lá está ele: o sorrisinho cafajeste que tanto me irrita.

— Deixa disso, Bárbara. Você sabe muito bem onde fica. – Digo, agora mais séria, porém divertimento estampado nas minhas falas.

Ela faz bico, e então suspira dando dois tapinhas no ombro de Victor. Que, até então, se mantinha calado apenas observando nossa interação, igual Ayla e Bak.

— Vamos lá Victor, aparentemente a educação aqui é um pouco escassa. – Ela faz questão de me encarar enquanto diz, eu rio em deboche e mostro a ela o meu dedo médio.

Ela retribui o dedo e então ri antes de puxar Victor para a escada e sumir do meu campo de visão quando chega ao segundo andar.

Quando volto a notar a presença da minha irmã na sala ela está me encarando com uma sobrancelha erguida, e um sorrisinho irritante nos lábios. Reviro os olhos e bufo, antes mesmo de ela falar alguma coisa. Até porque, eu já sei o que ela vai falar.

— Uhm, nem vou comentar sobre. – Ayla diz com um tom zombeteiro.

— É melhor mesmo. – Concordo, e ela ri voltando para o sofá.

— O que eu perdi? – Gabriel se pronuncia, me fazendo lembrar da existência dele.

— Ah, querido. Perdeu muita coisa, deveria voltar para a Espanha onde você é mais atualizado. – Ayla rebate, me fazendo olhá-la de maneira repreensível.

Não é nem por Bak, mas sim por meus pais. Se eles souberem como Ayla acabou de falar com o garoto, ela está mais do que ferrada, principalmente com mamãe.

— Ela é sempre grossa assim? – Bak pergunta para mim, fingindo ignorar a presença da minha irmã mais nova.

— As vezes... e, respondendo a sua pergunta, você não perdeu nada. – Digo, e ele sorri.

𝐈𝐧𝐢𝐦𝐢𝐠𝐚𝐬? - [ 𝐁𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧 𝐆!𝐏 ]Onde histórias criam vida. Descubra agora