ADEUS

1.7K 350 22
                                    

DEMOREI, MAS CHEGAY. 

ISSO QUE IMPORTA!

Capítulo 2 – Adeus

Park Jimin On

Sentado no meio da sala, me senti perdido. Ela havia ido embora e me deixado apenas uma maldita carta se explicando como se isso fosse o suficiente. Como se isso fosse resolver tudo.

"Nem todas as desculpas do mundo vão ser capaz de concertar o que eu fiz ou o que estou prestes a fazer.

Deixar vocês pra trás não é uma decisão fácil, mas agora que Bo-ah te encontrou, meu futuro é incerto e eu não queria arrasta vocês comigo nisso. Principalmente porque é a sua chance de voltar pra casa e de ter a vida que eu de certo modo roubei de você.

Eu amo muito vocês dois e espero reencontra você algum dia e espero também que um dia você possa me perdoar de verdade. Eu estou sendo mais covarde, do que fui a 18 anos atrás, mas não posso evitar de pensar o que vai acontecer quando você acordar.

O que vai acontecer com Jinhun se eu for presa. Não posso pedir que não vá e não consigo ficar e assistir. Por isso tomei essa decisão.

Confio em você para cuidar dele. Sei que é responsabilidade demais, mas você terá Bo-ah do seu lado e mesmo que agora ela me odeie, eu sei que ela é uma boa pessoa e assim como você, ela também não merecia o que eu fiz com ela.

Me perdoe. "

– Jimin? – Enxuguei minhas lagrimas com pressa ao ouvir a voz do Jinhun e o encarei com um sorriso fraco. – Tá tudo bem?

– Tá. Tá sim. – Eu disse com a voz tremula e guardei a carta como se não fosse nada importante. – Tá com fome? – Perguntei me levantando, tentando evitar seu olhar afiado. –Vou fazer o café. O que você quer?

– Cadê a mamãe? – Ele perguntou desconfiado e eu engoli em seco.

– Ela... Ela... – Pensei em alguma desculpa, mas nenhuma vinha em minha mente. Eu não poderia dizer pra ele que ela havia ido embora. Ele já havia perdido uma mãe uma vez, não poderia perder outra. – Ela teve uma viagem de emergência. – Disse sem pensar muito e ele me olhou com uma expressão confusa. – A trabalho. – Acrescentei ainda meio tremulo. – Ele me encarou por alguns segundos e logo respirou fundo, puxando a cadeira e se sentando devagar.

– Eu quero panqueca. – Ele disse com a voz tremula.

– Não precisa chorar, Ji. – Disse me aproximando para abraça-lo, mesmo que eu precisasse muito mais daquele abraço. – Ela... Ela vai volta. – Menti, porque talvez aquela mentira, fosse o que eu mais queria ouvir. O que eu mais queria acreditar. – Não se preocupe. Vamos sobreviver. – Deixei um beijo em sua cabeça sem solta-lo e mordi minha bochecha com força, para segurar o choro.

– Tudo bem. – Ele disse me apertando também. – Fico feliz em ter você, Chimchim. – Eu olhei pra cima, tentando parar as lagrimas que corriam pelo meu rosto contra minha vontade.

– O que acha de uma viagem? – Perguntei limpando as lagrimas e sorrindo para anima-lo, mesmo que doesse em mim. – Mamãe... pediu que ficássemos com uma... uma amiga dela. – Disse como se aquilo não fosse loucura. – O que você acha? – Eu estava decidido, se ele dissesse que preferia ficar ali, então ficaríamos. Ficaríamos e esperaríamos o dia em que ela voltaria, mas se ele quisesse, eu tentaria dar uma chance.

Ele era minha família.

E mesmo sendo um pouco injusto faze-lo tomar essa decisão por mim, principalmente porque ele não tinha todas as peças do quebra cabeça, ainda assim, eu estava lhe dando o poder de decisão.

LOST BOY - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora