Maldito Mário

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Patterson

Sinto meu corpo travar e minha respiração falhar enquanto o homem me encarava com um sorriso macabro no rosto.

Vicent: Seu pai pediu pra mim te levar até ele

- Eu não vou a lugar nenhum com você

Aurora: Quem tá aí?- pergunta aparecendo atrás de mim

- Aurora vai pro quarto da sua tia- falo rígida e ela me obedece rapidamente

Vicent: Quem é a garotinha? Sua filha? - pergunta subindo alguns degraus

- Não é da sua conta

Vicent: Minha não mas é de seu pai, então acho melhor irmos logo

- Eu não vou alugar nenhum com você- corro para o quarto de Tasha trancando a porta rapidamente.

Assim que fecho a porta escondo Aurora dentro do grande closet, a primeira coisa que avisto sobre a cama é um celular, com pressa abro o mesmo enquanto Vicent tentava arrombar, por sorte a porta do quarto era firme o que me deu tempo de conseguir encontrar o número de Zapata na lista de contatos.

Ligação on•

Zapata: O quê você quer me ligando agora Rachel?- pergunta claramente brava

- Zapata sou eu Patterson, estou trancada no seu quarto com Aurora, meu pai mandou virem atrás de mim- falo rapidamente

Zapata: Como assim?

Antes que eu podesse responder algo Vicent atravessa a porta brutamente.

Vicent: Eu realmente perdi a paciência mocinha- grita apertando meu braço com força - Onde tá a garota? - pergunta passando o olhar por todo o espaço

- Não sei

O homem que possuía muita força sai me arrastando por todo o quarto até até encontrar Aurora encolhida entre muitas roupas. A menina nos olha assustada e com os olhos lacrimejando.

Vicent: Quem é a mãe dela?- pergunta ríspido

- Pra quê você quer saber?

Vicent: Ela é filha da Zapata? Tem os mesmos olhos, seu pai acharia maravilhoso ver a filha daquela vagabunda morta- fala meio pensativo

- Ela é minha filha seu imbecil- minto pegando a garota no colo- Não encoste um dedo nela 

Vejo um outro homem aparecer no quarto, esse era mais novo e aparentemente bonito.

- Pegou ela Vicent?- pergunta até me ver

Vicent: Sim!- me puxa com força pra fora do quarto apontando a arma em minhas costas

- Quem é essa criança?- pergunta confuso

- Ela é minha filha!- minto novamente enquanto caminhavamos para fora da casa

- Seu pai não disse que você tinha filhos

- Então ouse encostar um dedo na neta dele - o ameaço enquanto o outro nos empurrava dentro do carro

Vicent cobre os meus olhos e os de Aurora que chorava em meu colo, nesse momento eu agradecia aos céus pela menina não me chamar de tia e nem de Patty. Não posso negar que o medo não estava instalado em mim pois estava mas a única coisa que eu poderia fazer no momento era dar meu máximo para proteger Aurora.

Sinto o carro percorrer por longos minutos uma estrada bastante esburacada, a criança em meu colo já havia contido o choro mas mesmo assim me abraçava forte apertando minha roupa enquanto eu sussurrava em seu ouvido que tudo ficaria bem. Logo o carro para e tiram as vendas dos meus olhos, assim que saio do mesmo vejo muitos homens armados e mal encarados na porta de uma casa velha caindo aos pedaços, por segurança prefiro não tirar a venda dos olhos de Aurora para que ela não visse tudo aquilo e perdesse sua infância de vez.

ME AME ou EU ATIROOnde histórias criam vida. Descubra agora