ME AME ou EU ATIRO

Um dia de chuva

Patterson não quis estender a conversa com Kira pois sabia que não terminaria bem, então ela logo subiu para o seu quarto deixando a morena bufando de raiva no andar de baixo.

...

A manhã daquele dia estava fria e o céu escuro pelas nuvens carregadas, Patterson já acordou ouvindo o barulho da chuva caindo do céu e depois de fazer sua higiêne e vestir roupas quentes ela saiu de seu quarto onde encontrou Adele, Boston, Rich e Aurora, todos levavam mochilas com algo dentro o que a fez ficar bastante confusa.

Boston: Vai pegar as suas coisas pra gente ir logo- se aproxima da loira com certa afobação

Patterson: Pra gente ir pra onde?- pergunta confusa

Boston: Ora pra onde, pro duplex Patterson, você ainda tá dormindo?

Patterson: Que diabos a gente vai fazer em um duplex? Tá chovendo lá fora - fala de cenho franzido

Boston: Você não sabe que dia é hoje né?

Patterson: Não tenho a menor idéia

Boston Ah tá explicado!- da ombros- Hoje completa mais um ano que os pais de Zapata e Rich morreram

Patterson: E?

Boston: E Rich como um bom adulto lida tranquilamente com essa data, pra ele é só mais um dia qualquer, já Tasha... Bom, ela lida do jeito dela! Todos os anos nesse dia ela expulsa todos da casa somente para ficar sozinha, então sempre vamos pra um duplex do outro lado da cidade

A loira escutou toda a história contada por Boston, foi para seu quarto e voltou em seguida se jogando no sofá.

Rich: Já vamos, você não vai?- arqueia a sobrancelha lhe encarando

- Não!- responde tranquilamente

Rich: Você tem certeza?

- Sim, não vou deixar ela aqui sozinha

Rich: Ok então!- bagunça os cabelos da mulher de maneira amigável- Cuida dela!

Logo todos já haviam ido embora, assim como Kira que deixou a casa bem mais cedo.

Naquela imensa mansão não somente os móveis ou vento que corriam das janelas que eram frio, havia um coração frio daquela mesma maneira no quarto de cima.
As paredes do quarto de Tasha eram pintadas da cor cinza e as cortinas que cobriam as grandes janelas de vidro eram pretas. Preto era uma cor que predominava não só o guarda roupas quanto também a vida da mulher. Ela não achava aquela cor bonita, mas sim simbólica, pois preto era uma cor fria, misteriosa, calma e meio conturbada, neutra e ao mesmo tempo calorosa, talvez uma simples cor dissesse muito sobre ela.

Zapata é um mulher prepotente, grossa, dura e ao mesmo tempo frágil, mas isso era coisa que ela não deixava transparecer. Infelizmente a vida é dura pra todos, ela foi bem dura pra Tasha que ainda adolescente perdeu seus pais e teve que largar a maioria de seus sonhos somente para comandar uma máfia criminosa e assim como muitas pessoas ela teve que se apossar da frieza para usar como suporte e até como escudo para não machucar o seu coração, coração esse que um dia já foi doce, paciente, calmo e quente.