Duas irmãs marcadas por um passado terrível encontram a chance de recomeçar. O destino as leva para a cidade de Manassas, Virgínia, onde passam a morar com sua avó, Elizabeth, uma senhora simpática e proprietária de uma charmosa livraria-café.
Joset...
— Eu gosto. Zac Efron é meu eterno crush. — Deita-se ao meu lado. — Daqui a pouco Maria bate na porta com o lanche. Aposto em biscoitos e chocolate quente.
— Vai cair muito bem com esse clima.
A chuva continuava caindo lá fora. O filme começou e, por um tempo, nós duas realmente prestamos atenção. Mas, em um momento, dei uma espiada em sua direção. Penelope estava tão linda de perfil, seus olhos vidrados na TV. Por um instante, me perdi admirando sua beleza angelical e me questionando como tudo aconteceu tão rápido. Como nós duas estamos tão envolvidas ao ponto de não conseguirmos mais ficar longe uma da outra? Inclinei meu corpo para o lado para observá-la melhor.
— Estou sentindo você me encarar, Jojo. — Seu sorriso contido estava presente, mas ela continuava com a atenção voltada para o filme.
— Estou admirando seu perfil.
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— Agora é você quem está me deixando sem graça. — Ela me encarou, ainda sorrindo.
— É bom você sentir na pele o que faz sempre comigo.
Ela se virou de frente para mim também. Ficamos nos encarando, bem próximas.
— Quando olho em seus olhos, é como se eu pudesse ver tudo o que você sente. Eles transmitem suas emoções e brilham de acordo com seus sentimentos... são lindos.
— Seus olhos cor de chocolate não ficam atrás. Você que é linda.
— Não há nada que eu não goste em você, Penelope.
Por um instante, esquecemos o filme e onde estávamos. Penelope chegou aos meus lábios antes que eu pudesse raciocinar. Agarrou minha cintura, puxando-me para mais perto. O beijo foi ficando cada vez mais intenso. Ela deu impulso para que eu fosse para cima dela, com uma perna de cada lado do seu quadril. Por eu estar de vestido, foi mais fácil. Os beijos profundos fizeram o clima esquentar. De repente, o frio sumiu e eu sentia o calor do meu corpo intensificar junto ao dela. Ela desceu os beijos para o meu queixo enquanto eu fechava os olhos, sentindo suas mãos apertarem minha cintura. Fez uma trilha de beijos molhados da minha bochecha até o pescoço, demorando um pouco mais na região.
A essa altura, nenhuma de nós conseguia mensurar o que estava prestes a acontecer. Meu vestido começou a subir de acordo com meus movimentos apressados, sem intenção. Ela voltou a me beijar, chupando e mordendo meu lábio, arrancando um gemido meu. A falta de fôlego se fez presente, nos obrigando a parar um pouco. Meu rosto estava corado. Ela levantou o corpo, ficando sentada comigo em seu colo. Afastou meu cabelo e começou a beijar o outro lado do meu pescoço, me fazendo puxar os cabelos de sua nuca. Senti sua mordida no meu queixo, reiniciando o beijo outra vez.
Batidas na porta.
— Penelope, querida.
Ela parou e se afastou frustrada, suspirando alto, enquanto eu não sabia o que fazer.
— Trouxe o lanche. — A voz voltou a falar. Era Maria.
Saí de seu colo, tentando me recompor, e ela fez o mesmo. Levantou-se e foi até a porta. Por sorte, estava trancada; caso contrário, Maria teria nos pego no flagra.
Maria entrou com uma bandeja.
— Espero não ter atrapalhado nada.
Penelope cruzou os braços. Seus cabelos estavam levemente bagunçados e seus lábios, inchados.
— Estávamos entretidas no filme. Desculpa a demora em abrir. — Disse, olhando diretamente para mim. Vi o lampejo de um sorriso sugestivo, e a repreendi com o olhar.
— Josie, espero que goste dos meus biscoitos. Modéstia à parte, são minha especialidade.
— Obrigada, tenho certeza de que vou adorar.
— Vou deixar vocês à vontade. Licença. — Acenou e saiu do quarto.
Penelope colocou a bandeja no meio da cama. Havia um prato com biscoitos e duas canecas de chocolate quente.
— Você acertou nos chutes. — Falei baixo.
— Eu não sei se vou conseguir beber algo quente agora. — Olhou em minha direção, e entendi o que ela quis dizer. Dei um tapa em seu braço, arrancando uma gargalhada dela.
— Não seja imoral.
— Foi só para quebrar o clima. Você está toda tensa aí.
— Não é para menos! Sua governanta quase pega a gente... — Não terminei a frase.
— Eu nunca vou perdoar a Maria por isso.
Dei outro tapa em seu braço, escondendo o sorriso.
— Você não vale nada, sabia?
— Eu sei. — Deu seu sorriso de lado, sedutor. — Acho que preciso de um banho gelado.
Ela correu rindo, pois sabia que levaria outro tapa.
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— Você não tem jeito. — Balancei a cabeça.
— Estou brincando, amor. Vou me comportar agora, prometo. Será que posso voltar para o meu lugar? — Perguntou divertida.