Duas irmãs marcadas por um passado terrível encontram a chance de recomeçar. O destino as leva para a cidade de Manassas, Virgínia, onde passam a morar com sua avó, Elizabeth, uma senhora simpática e proprietária de uma charmosa livraria-café.
Joset...
Várias peças de roupas estavam espalhadas pela cama, e eu não conseguia decidir o que vestir. Tinha apenas uma hora para me arrumar—às cinco, ela viria me buscar.
Ouvi batidas na porta. Era Lizzie.
— O que está fazendo, Jo?
— Escolhendo um look.
— Para onde vai?
— Sair com uma amiga.
— Amiga? Quem é essa? Nunca vi você tão indecisa com roupas.
Decidi não responder. Não queria que algo acabasse antes mesmo de começar.
— Preciso de ajuda. Qual dessas você prefere? — perguntei, mostrando as opções.
— Depende do lugar.
— Vamos a uma galeria de arte.
— Chique e formal. — Ela analisou as peças antes de decidir. — Usa essa blusa branca regata e esse short preto. — Me entregou as roupas. — Combina com botas e aquela jaqueta preta com listras brancas que te dei.
— Fantástico! Obrigada. — Peguei o ferro para passar as roupas.
— Como você não sai com frequência, hoje serei sua cabeleireira. Vou fazer cachos no seu cabelo e a make.
— Sério, Lizzie? — perguntei, surpresa.
— Sim! Você vai sair deslumbrante. — Agora, vai tomar banho enquanto pego minhas coisas.
Empolgada, fui direto para o banheiro.
(...)
Casa da Penelope 4:20 da tarde
Já devidamente arrumada, eu dava os últimos retoques na maquiagem. Optei por uma blusa branca social de colarinho fechado, calça jeans preta de cintura alta, coturnos da mesma cor e minha jaqueta de couro.
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Estava frio. Olhei-me uma última vez no espelho, satisfeita com o resultado. Peguei a bolsa, as chaves e desci. Meus pais bebiam chá na varanda.
— Onde essa bad girl vai toda gata? — Gregory sorriu ao me encarar.
— Não lembra dos ingressos? — Simon respondeu por mim.
— Ah, é verdade! Tinha esquecido. Tome cuidado, sim? Ainda mais andando de moto.
— O que eu acho estritamente desnecessário, já que você tem o Elliot. — Simon cruzou os braços, sempre o mais protetor.
— Pai, não começa. O Elliot precisa de uma folga. E, além do mais, eu tenho carteira—preciso fazer valer o dinheiro gasto e o tempo perdido nas aulas.
— Tem muito motorista louco por aí, filha. Eu sei que você é responsável, mas... apenas fique atenta e não corra.
— Pode deixar, pai número dois. — Aproximei-me e beijei seu rosto. — Vou ter muito cuidado.