Passei o resto do dia ansiosa, até esquecendo a alegria anterior que eu sentira pelo aparente sucesso na entrevista de emprego. Agora eu só pensava em como abordaria com ela onassunto de sua mãe. Após tomar banho, à noite, sentei na beira da cama para pentear o cabelo, usando apenas um robe branco e curto.
Veronica entrou no quarto, maravilhosa em um terninho creme. Sorriu ao me ver e se aproximou.
- Oi. - Ela se inclinou para beijar suavemente meus lábios. - Que bela visão em minha cama.
Meu coração disparou e a alegria me envolveu na hora. Acariciei de leve seu rosto e ela se sentou na poltrona em frente, tirando a gravata e largando-a a seu lado. Perguntou, passeando o olhar por meu rosto:
- Como foi a entrevista?
- Ótima. Acho que vão me chamar.
- Não era para você estar mais feliz? Aconteceu alguma coisa?
Mordi os lábios, sabendo que devia falar logo para ela ou continuaria atormentada. O problema era arranjar coragem.
- Toni?
- Tenho que falar uma coisa, mas tenho certeza que você não vai gostar.
- Diga.
Fitei seus olhos claros, ligeiramente
semicerrados. Respirei fundo e disse rapidamente:- Quando saí da entrevista, fui almoçar em um restaurante e sua mãe veio falar comigo.
Ela não se moveu. Seus olhos continuaram fixos nos meus. Contudo algo mudou. Pude sentir uma energia
ruim, pesada, parecendo nos envolver. Tentei explicar:- Eu não queria me meter, Veronica. Ela insistiu, pediu que apenas a ajudasse a ter uma oportunidade de pedir perdão a você, de conversar. Não tive coragem de...
- O que ela te contou? - Sua voz era extremamente fria. Seu olhar gelado me arrepiou.
- Nada. Só queria que eu falasse com você que ela precisa pedir perdão e...
- Você a ouviu. Almoçou com ela?
- Não.
- Aquele dia em que ela veio aqui, eu não a deixei entrar. Você sabia disso. E mesmo assim a ouviu, conversou com ela.
- Mas...
- Está aqui fazendo o que ela pediu. Intervindo a favor dela.
- Veronica, não é isso. - Larguei o pente na cama e a olhei implorante. - Ela é sua mãe. E parecia tão desesperada! Não tive coragem de ser grosseira!
Ela se levantou, correndo os dedos entre os cabelos. A fúria era óbvia em seus movimentos contidos, no modo como me olhou, como se me acusasse de algo.
- Você não deveria dar ouvidos ao que ela tinha a dizer. Sua lealdade tinha que ser comigo. O que você queria Toni? Descobrir os segredos sujos de família? Ter algo para usar contra mim quando lhe conviesse?
- Meu Deus, não! - Eu me ergui rapidamente, desesperada. Fui até ela, mas Veronica fez um gesto com a mão para que eu parasse, seu olhar de raiva e desprezo me imobilizando.
- Juro que não quis te magoar! Eu fiquei com pena dela! Pensei que...
- Pena? - Ela riu sem vontade. - Sabe quem é aquela mulher? Sabe do que ela é capaz? Guarde sua pena para si mesma!
- Por favor, Veronica, me perdoe. Não pensei que a deixaria assim! Não toco mais nesse assunto. Se ela chegar perto de mim...
- Sabe o que eu acho, Toni? Que sempre tive razão quando só fodi com as mulheres. É isso que dá deixar uma perto demais. - Sua fúria me deu medo. Não que ela me machucasse fisicamente, mas da mágoa e da raiva em seu olhar.
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A coleira • Lopaz
Fanfiction𝙇𝙤𝙥𝙖𝙯 | + A jovem Antoinette Topaz, que aos 24 anos vai parar na cama da magnata bonitona Veronica lodge. Por causa de uma dívida de família, ela acaba fazendo da moça Topaz uma escrava sexual. (Com direito à uma coleira). Veronica intersexual...