Riverdale - Jughead Jones

0⃣:6⃣

|Angel Molina|

– Belo mural assassino, Detetive. – falo entrando no escritório do Keller com o Kevin que está segurando uma xícara de café.

– Aqui está o seu café, pai.

– Obrigada, meninos. – Eu continuo olhando atentamente o mural a minha frente. – Precisam de alguma coisa?

– Pode emprestar a caminhonete para eu e a Molina irmos no Drive-In?

– Vocês tem um encontro?

– Não, a gente vai com a Veronica.

– Não tem um garoto gay legal na sua escola?

– Sim, tem. Eu.

– Certo.. Nada de passeios noturnos. Nós sabemos o que acontece na mata.

– Ai meu Deus, pai. – eles me olham e eu sorrio. – posso te chamar assim, não é?

– É claro que pode. E eu só estou avisando. Temos um assassino à solta e pessoas desagradáveis. Se vocês forem, fiquem na caminhonete. – reviro os olhos.

– Está bem. – Kevin responde.

– Certo. Vão. – ele nos da a chave e com uma ultima olhada no mural, eu saio.

Betty me liga depois de algumas horas para me contar o que a professora admitiu para Archie. Que foi que ela vivia um relacionamento abusivo e violento com o seu marido. E por isso, fugiu. Mas para mim não melhora a situação em que ela colocou Archie. Ela mentiu e mentira é mentira.

Depois de mais alguns minutos começo me arrumar.
Coloco um short jeans escuro largo que fica caindo e mostra perfeitamente o meu torço, uma blusa preta de alsinha e um casaco fino cinza.

Estava no meio do filme já e decidi sair para procurar o Jughead. Descidi procurar primeiro na cabine em que ele trabalha, o que foi um ótimo palpite.

– Posso entrar?

– Entra ai. – entro e sento na cadeira ao seu lado. Estendo a minha pipoca para ele que nem faz um esforço para recusar.

– Sinto muito pelo Drive-In. Se quer saber, acho ele muito melhor que Netflix. – ele ri e concorda comigo.

Acabei assistindo o filme de onde ele estava mesmo. Acabavamos sempre nos distraindo e dando algumas risadas, mas só por hoje, a gente poderia ser adolescentes normais. Acho que não faz mal.

No meio do filme acabo vendo de relance Veronica passando e minha curiosidade me pega.

– Eu já volto.

– Ta tudo bem?

– Tá, só vou pegar mais refri.

Sai e segui ela. Ela estava espionando a sua mãe e o FP. O que os dois estavam fazendo juntos? Cheguei perto dela e acabamos nós duas escutando a conversa em que aparentemente FP estava cobrando de alguma coisa que fez e ameaçou falar para o marido de Hermione.

Não demorou muito para essa conversa acabar e nós duas seguirmos nossos caminhos de novo. Mas eu nem consegui prestar atenção no filme. Eu queria saber desesperadamente o que estava acontecendo.

Depois de 15 minutos meu celular tocou mostrando ser a Betty. Saio da cabine e atendo.

– Alô?

– M, o Sr Andrews descobriu.

– descobriu o que?

– Sobre o Archie e a professora. Minha mãe leu meu diário e acabou revelando tudo para o pai do Archie.

– Ai meu Deus. Eu ja estou indo prai.

– Eu já dei um jeito, M. Eu só queria deixar você e o pessoal avisados.

– É claro, B. – aceito assim que vejo sua voz de choro.

– E como foi o filme? – o nosso pai pergunta assim que chegamos em casa, ele tinha acabado de chegar também então estavamos no quintal.

– Um final bem inesperado. – franzi as sobrancelhas ao notar um duplo sentido nessa frase.

– Total.

Se viramos para entrar em casa mas a porta estava aberta. O Keller pegou sua arma e foi se aproximando. Eu e Kevin juntos também o seguimos. Entramos na casa e estava tudo escuro. Fomos para o escritorio do Xerife que a porta estava aberta também. Chegamos lá estava tudo revirado e o mural estava todo rasgado e só colados uma parte das fotografias.

– Ai meu Deus. – Kevin exclama ao meu lado.

|Narradora e Betty|

“Querido diário, o amor faz você cometer loucuras e talvez o que eu tenha feito foi errado, mas talvez... Talvez eu estivesse certa sobre algumas coisas também. Talvez a Sra Grundy fosse perigosa de algum jeito.

Amanhã de manhã, quando acordarmos, o mundo estará mudado de novo.”

– Também vão derrubar esse casébrio. Destruir todo o lugar. Mandar para o ferro-velho. – Diz FP para seu filho que ainda estava em frente ao Drive-In no lugar onde foi sua casa por anos. – Com a gente junto.

– É. Ou talvez vão guardar. Todas as partes. Guardá-las no sótão da prefeitura para reconstruir daqui a cem anos. Imaginando onde estávamos.

– Onde você vai morar agora?

– Eu vou ver, pai. Como sempre.

Quero deixar claro desde o início que não é só pq Jughead é par romântico com a Molina que a Betty vai ser menos importante nessa história. Muito pelo contrário, ela vai ser muito importante e vai ter um papel grande nas verdades que a principal vai descobrir o decorrer da história.

Betty e Jughead aqui vão ser apenas amigos, até irmãos. Vão ter uma linda amizade mas nada além disso. Não me levem a mal, eu amo o casal. Mas tenho outros planos para ele nessa história.

— Com amor, autora.