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As pessoas gostam de dizer que a morte de Jason Blossom mudou tudo na Escola Riverdale. Mas certas coisas, certas tradições, nunca mudam.

Homecoming, por exemplo.

Embora o número de Jason não seja mais usado, os Riverdale Bulldogs ainda jogaram contra seus maiores rivais, os Baxter High Ravens, com as River Vixens animando-os.

Assim como anos anteriores, formados do passado de Riverdale vêm à cidade para reviverem seus dias mais joviais, mais despreocupados. Ou...para compensarem o tempo perdido.

|Narradora|

Angel estava no seu quarto, se arrumando para ir a escola. O Cartão clonado já estava pronto, então só precisava pegar a chave, do armário de arquivos privados, com o seu pai sem o mesmo perceber.

O plano já estava pronto, iria pegar as chaves e depois ir em um horário que saiba que seu pai não estivesse na delegacia. Iria entrar na sala do Xerife com a ajuda do Cartão clonado e iria nas fichas dos moradores antigos.

Ela teria apenas 30min para fazer tudo isso sem alguém sentir a falta dela na escola ou alguém entrar na sala do xerife ou até mesmo o próprio. Então deveria ser rápida.

O plano estava perfeito. Ela tinha pensado em qualquer contra-tempo e feito um plano para passar por cima.

Decidiu não falar nada para Jughead. Ele estava tão focado na investigação de Jason que a menina não queria atrapalhar o mesmo com seus assuntos pessoais.

Depois da discussão dos dois no estúdio do Andrews e da conversa na lanchonete eles se aproximaram mais. Molina já tinha aceitado a condição em que estava, o namoro. Não que o Jones a pediu, mas nem precisava. E os dois sabiam disso. Não houve muita conversa sobre o que Jones e todos descobriram da Molina, é claro que sempre os amigos pisavam em ovos perto dela, mas a mesma não notava.

Ou ao menos, se esforçava para não notar.

Ela estava com uma calça jeans azul escura que tinha rasgo nos joelhos, acompanhada de uma blusa branca solta, levava na mão um casaco, caso sentisse frio. E na cabeça uma touca cinza. Um contorno branco e preto, com saltos pequenos.

E então, respirou fundo e se preparou para enganar seu pai. Não seria difícil pegar as chaves sem que ele percebesse, seria como andar de bicicleta para ela. Mas não queria engana-lo, ele tinha sido muito bom para ela. E criado muita expectativa para ela. E por mais de que ela tivesse mudado um pouco, dentro ela continuava do mesmo jeito.

Vazia.

Antes que ela abrisse a porta, a mesma foi aberta entrando por ela o seu pai. Ela viu que ele estava com a roupa de Xerife ainda. Vai ser agora então.

- Oi pai.

- Hey. Você vai para o baile de volta as aulas com o Jughead amanhã? - franze as sobrancelhas enquanto assente. - Então que tal um jantar? Nós e ele com o pai.

- Olha, pai... - começou não querendo o decepcionar. - Eu sei que o senhor tem a melhor das intenções mas não acho que seja a melhor coisa esse jantar. Você prendeu os dois já...

- Eu estava fazendo meu trabalho.

- E eu entendo, só não quero que fique um clima chato.

- Gosta mesmo dele, não é?

Essa foi a pergunta do homem a sua frente. No mesmo momento lembra dos sorrisos discretos do Jughead e como o espaço da suas sobrancelhas ficam quando ele fica confuso. Do jeito que ele fica inerte quando está escrevendo. Merda. Sim. Ela gostava dele. Ela gostava demais, e isso a assustava.

Riverdale - Jughead JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora