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|Angel Molina|

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|Angel Molina|

Eu estava em frente ao meu espelho enquanto acabava de colocar a minha jaqueta de couro preta. Estava com uma calça preta e uma blusa da mesma cor. Tenho certeza que na escuridão só daria para enxerga os meus azuis cintilantes olhos.

Estava me preparando psicologicamente para esse velório. Não conhecia o Jason, mas nunca fui fã dessas coisas. A vida é tão... Inexplicável, pessoas a resumem de tantas formas possíveis que eu não consigo me conformar que a morte signifique apenas: "Ele está em um lugar melhor" ou "sinto muito."

A verdade é que ninguém sabe lidar com ela e quando tentam consolar a pessoa que está lidando com isso, apenas soltam essas palavras totalmente vazias.

Não sou a pessoa mais complexa do mundo mas... Não acho certo esse vazio que as pessoas falam para as outras pensando que ira resolver algo. Palavras vazias, isso é o que eu sempre costumava a ouvir.

– Pronta para entrar na barriga da fera? – ouço atrás de mim.

Me viro e vejo o Jones. Ele estava com um terno preto e blusa social branca. Sua gravata estava meio torta e desarrumada e com o seu gorro, que de certa forma o fazia ficar mais atraente. O que é que eu to pensando?

Me pego pensando em como eu cheguei aqui? Com amigos e uma familia.Com um propósito. Eu achava isso tão impossível que fico pensando em que mais seria possível na minha vida se eu não colocasse coisas absolutamente estranhas na minha cabeça.

Talvez eu teria uma alto estima grande e seria mais umas das patricinhas que acham que podem tomar o mundo só para elas. Ou talvez, seria uma menina perfeita, com uma vida perfeita e um namorado perfeito.

Não, é serio, que droga eu to pensando?

Volto a realidade e me vejo analisar tempo demais o garoto a minha frente. Seu rosto tinha uma cor pálida na medida perfeita. Pintinhas levementes claras, mas que se destacavam em seu rosto. Seu olhos com um ar envergonhado e curioso ao mesmo tempo. Um perfeito, badboy.

– Foi o melhor que eu pude fazer. – fala enquanto coloca suas mãos no bolsos da calça.

Se aproximo em passos lentos e podia ver no exato momento em que seu corpo ficou rígido e ficou curioso com qual seria o meu próximo passo. Paro a alguns centímetros de distância e ajeitou sua gravata. Arrumo até ela estar reta, mais ainda a deixo solta na medida do possível para ao mesmo tempo de ele continuar tendo o seu charme, não ser desrespeitoso.

– Agora está certo. – sussurro e noto tarde demais o quão perto estávamos. Sorrio e ele desvia o olhar sorrindo também. Me afasto e pego o meu celular. – Vamos.

Riverdale - Jughead JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora