11. Jurian - Horns

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Era impossível lidar com ela. Depois da Guerra, Jurian, Vassa e Lucien haviam ficado no Continente humano, ajudando aqueles que precisavam.
Por lá mesmo, Jurian conheceu uma Grã-feerica, teimosa e extremamente abusada. Ela podia ser assim. Tinha seus motivos para ser tão explosiva com ele, particularmente.
Mas não contaria.

Desde o dia teve os olhares cruzados, ela passou a ser assim. Reservada diante dele, irritada e irônica.
Polaris havia lutado na guerra, ao lado dos humanos e feericos que queriam o final da escravidão.
Ela viu pessoalmente a loucura de Jurian no momento que arriscou tudo por ambição. Vencer Amarantha era o que ele queria no momento. Não se importou com o resto.

Isso fez com que ela perdesse mais amigos do que deveria no campo de batalha. Perdesse a si mesma quando soldados hybernianos a capturaram e tiraram o domínio de seu corpo, da própria. Entre outras coisas.

O evitava com tudo que podia por isso.
Quanto mais fazia isso, mais o deixava intrigado e interessado ir sua pessoa.

Ei! Em seu coração há um buraco
Há uma marca preta em sua alma
Em suas mãos está o meu coração
E ela não vai me deixar ir até que esteja cheio de cicatrizes

Jurian tentou se aproximar várias vezes, recebendo olhares frios e vazios. Cruzadas de braços, desviada de olhares e risadas sarcásticas. Era tratado mal e não fazia ideia do porque.
Nem buscou na própria mente.
As vezes, quando ele a irritava, ela usava de seus poderes raros dados no mesmo.
Seu poder era a dor. A mais pura dor de todas. Uma olhada fixa e o querer de ativa-lo. Qualquer um caia no chão se contorcendo.
Algo útil no campo.

Agora, você utilizava ele para ajudar os humanos desse lado. Enquanto a rainha esteve fora, você tomou conta de tudo, como uma antiga amiga da família de Vassa. Era uma senescal e conselheira.
Amiga e guia do povo também.

Jurian a admirava, sempre indo atrás de vocês apenas para te observar mais agindo.

Tentei implorar, mas não posso
Porque as cinzas me deixam como condenado
Chegou a tocar como um espinho
Porque no mato ela está escondendo chifres

Você era tão difícil de se comunicar. Era tão ignorante. Ele tentou por semanas e continuou insistindo depois. Recebendo de volta o que não queria. Explosões e ódio.
Se machucava mas o sentimento completo que tinha ao seu lado, o puxava de volta.
Sendo almejado por você novamente, como um diabo a espreita.

Essa era uma das vezes. Ele te seguia pelos corredores, com um sorriso felino no rosto, chamando seu nome várias vezes, como se fosse uma canção, a mais doce de se cantar.

"Polaris. Po. La. Ris. Polaris..." Continuou estendendo e fazendo isso várias vezes. Até que por um impulso rápido seu, foi derrubado no chão. Preso entre suas pernas com um golpe que o poderia apagar o mesmo caso apertasse mais, o sufocando.
"Você não cansa de se ouvir falar? Caralho. Chega, Jurian. Eu realmente não te aguento mais! Não basta o que já me fez sofrer 500 anos atrás. Me deixe em paz agora!" Gritou, como se estivesse implorando. Relembrando de cada perca. Você tinha um amante na época. Ele fora seu primeiro amor. Por um deslize de cobertura durante o combate mais intenso, por provocação de Jurian as armadas de Amarantha. Você o perdeu para sempre. Para a morte.

Nem notou quando começou a chorar. Se afastando rapidamente e embolada. Fraca por conta própria.
Soluçou e saiu tão rápido quanto o momento que se passara.

Ela tem sangue frio como gelo
E seu coração de pedra
Mas ela me mantém vivo
Ela é a besta em meus ossos
Ela consegue tudo o que quer
Quando ela me pega sozinho
Como se fosse nada
Ela tem dois pequenos chifres
E eles me machucam um pouco

◕݂ࣨ  𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒.Onde histórias criam vida. Descubra agora