75. Rhysand (Pt. 2) - Stranger

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( — Pedido de sanaafleur
Leiam a primeira parte no capítulo 50.)

Haviam se passado dias depois da intensa reunião com o Grã-Senhor.
Tudo havia voltado ao normal. Como se nada tivesse se passado.
Rhysand parecia ter esquecido dos atos que cometeram juntos.
E você? Tentava fazer o mesmo. Mas era relativamente impossível.

Não soube como tomou coragem para estar ali e agora.
O dia 20 de Novembro era especial para todos.
O aniversário de Rhysand. O Grã-Senhor tão amado pelo seu povo.
Diferente de você, que o odiava a cada segundo.

E o odiava tanto que não conseguia o tirar da cabeça.
Repudiava tanto que apenas gostaria de sentir os lábios por todo o corpo.

Talvez fosse por esse motivo que travou quando o viu abrindo a porta.
Umideceu os lábios, observando toda a situação, vendo os irmãos dele atras do mesmo e sem saber o que falar.
Voltou a o olhar, analisando-o de cima a baixo.

"Precisamos conversar."
Falou, sem delongas o puxou para longe.
Não se importava se havia uma festa dentro daquela casa, apenas o retirou de lá.
Caminhou por Velaris segurando com força o pulso alheio, como se tal fosse fugir.
"Me sequestrando para um segundo round?"
Ele brincou, soltando a típica risada irônica.
Isso foi o suficiente para você parar e o olhar.
"Você me combate como um bombeiro, não é?"
Arqueou a sobrancelha, revirando os olhos e soltando uma gargalhada.
"Então me diga porquê você ainda se queima. Você diz que não, mas ainda é um mentiroso. Porque é pra mim que você sempre corre."

Não era mentira.
Você sentia.
Todos os olhares.
Ouvia os pensamentos sussurrando.
Arrepiava-se com a menor das indiretas.

"Eu nunca neguei nada, querida."
O sorriso pretensioso voltou ao rosto do homem.
Rhysand ajeitou o corpo, colocando as mãos dentro dos bolsos da calça e se aproximou um pouco.

"Toda vez, sim, por que você tenta negar isso"
Repetiu a última ação dele, ficando ainda mais próxima.
Haviam poucos centímetros separando ambos.
O cheiro de tais fora solto.
A tensão aumentou.
Assim como o desejo.
"Quando você aparece todas as noites. E me diz que você me quer. Mas é complicado, tão complicado..."
Suspirou, o afastando.

Tantas coisas poderiam ser ditas.
Sobre como ele estava ali. Mas também... Não estava.
Rhysand aparecia.
Porém sempre a deixava.

"O que...?"
Ele perguntou, confuso, franzindo o cenho e se aproximando novamente.
Segurou suas mãos, pendendo a cabeça e a esperando responder.

"Isso tudo dói... Quando dói, mas dói de um jeito tão bom."
Tombou a cabeça para frente, a descansando contra o ombro do homem.
Prendeu o ar, sentindo o coração acelerar
"Você aceita? Você lida com isso?"

A situação por inteira era viciante.
Amável. Desprezível.
O ir e vir doía.
E você estava se contentando com o pouco que ganhava.
O sexo absurdamente bom.
Os lábios apenas naqueles momentos.
Porque fora aquilo, era apenas grosserias que machucavam independente da forma que eram proferidas.

Quando dói, mas dói de um jeito tão bom
Dá pra dizer? Dá pra dizer?
Seu amor é tipo (Ei na na na, na na)
Seu amor é tipo (Ei na na na, na na)
Dói de um jeito tão bom (Ei na na na, na na)
Seu amor é tipo (Ei na na na, na na)
Dói de um jeito tão bom

Rhysand levantou seu rosto, segurando tal, tocando as bochechas, acariciando cada canto.
Uma feição seria dominava ele.
E estava tentando decifrar o porque.

◕݂ࣨ  𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒.Onde histórias criam vida. Descubra agora