Capítulo 7

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António narrando

Eu não estava acreditar no que tinha ouvido, ela rica, milionária, filha do dono da S cars e consequentemente filha da dona da Suzy's, ela era podre de rica, tanto como eu e eu não estava sequer a perceber nada sobre a vida dela. Em apenas 5 minutos descobri mais sobre ela do que o meu detetive em dias.

Monique: como assim, tu és rica?

Martha: tu és a herdeira da fortuna Stroviski? - ela parecia assustada com as perguntas

Monique: o que tu fazes na empresa mulher? Se tu és quase uma burguesa, porque trabalhas?

Martha: é, e porque não assumes os negócios dos teus pais?

António: deixem na falar - elas se calaram e Luana me olhou

Luana: senhor, eu quero que saiba que eu não tenho segundas intenções ao trabalhar para si, apenas quero ganhar o meu dinheiro - Monique sorriu fraco

Monique: tu queres que eu acredite nisso, tu és rica, qualquer pessoa rica não quereria trabalhar na vida e sim gozar da sua fortuna

Luana: nem tudo é assim tão fácil Monique - ela fechou os olhos para depois continuar - Sim eu sempre fui rica, a minha mãe é dona da Suzy's uma loja de sapatos e bolsas muito conhecida, e o meu pai é dono das várias lojas da S cars nesta cidade. Eu sou sim rica, eu tive sempre tudo de mão beijada, menos a faculdade, eu tinha as avaliações  mas não entrei fora do país - Martha a olhou surpresa - então tive de me habilitar a ficar aqui na cidade. Não era o meu sonho, pois eu queria estudar fora daqui, mesmo assim consegui faculdade cá e fiz tudo direito até ao fim. Mas os meus os meus pais morreram dois anos depois de eu começar a faculdade. Morreram num acidente de carro - ela parecia frágil - foi doloroso receber um telefonema e perceber que estava sozinha no mundo - Martha pousou lhe a mão no ombro - eu tenho sim tios, mas não tenho muita ligação com eles e há um que eu não quero ter ligação, ele sempre foi ganancioso e depois da morte dos meus pais tentou ficar com tudo do meu pai, mas para azar dele, eu que sou a herdeira e não ele. Então eu decidi que iria ficar com tudo, mas não iria usufruir a 100% de tudo. Eu tenho os negócios dos dois, mas só recebo o dinheiro no fim do mês, de resto tenho gente a tratar de tudo. Eu trabalho porque eu quero ser independente do dinheiro dos meus pais, eu quero saber o que é ter sucesso na vida, sozinha, eu estudei e foi para isso mesmo. Eu uso sim o dinheiro dos meus pais, talvez numa bolsa cara ou num vestido de luxo - ela mostrou a bolsa dela da Prada - mas não uso o dinheiro no dia a dia. Tento ganhar o meu, e quando consegui este emprego - ela me olhou - eu fiquei feliz muito feliz, finalmente tinha atingido um dos meus objetivos. Não é porque alguém nasceu rico que tem de ser rico a vida toda, eu não trocava os bens dos meus pais por nada neste mundo, mas também não pedia para os ter a todos. Eu preferia mil vezes os meus pais comigo do que apenas as coisas deles - ela parou de falar e Martha parecia comovida.

Martha: desculpa se alguma vez te ofendi, nunca foi a minha intenção

Luana: a senhora nunca o fez

Martha: é Martha Luana, é apenas Martha - Monique olhou as estranho, talvez porque a minha irmã nunca  deixou que ela a tratasse pelo nome

Luana: tudo bem, desculpe, eu apenas não contei tudo, porque é algo que não acho que tenha importância para as pessoas, para mim tem e terá sempre mas para os outros não

Monique: desculpa Luana, mas se eu fosse rica como tu, não fazia o que tu fizeste, acho que nunca seria capaz

Martha: há pessoas e pessoas Monique - esta abaixou o olhar

Luana: senhor, eu peço imensa desculpa por não ter dito toda a verdade mas não achei necessária, e se achar que o melhor é despedir me por eu ter começado da forma errada, está no seu direito - ela falou séria e virada para mim, eu a olhei nos olhos e vi sinceridade, algo raro de se ver

Martha: o que estás a dizer Luana? Ele não vai fazer nada disso, certo António?

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