Capítulo 25

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Luana narrando

Cheguei na empresa e Monique não estava, a porta do escritório também estava fechada. Fui até à minha mesa e me sentei começando a trabalhar. Ele já me tinha deixado indicações no email para hoje, então não precisava encara-lo e nem sei se era boa ideia. Pouco depois Monique chegou fazendo cara feia.

Monique: atrasada? Ah esquece és a queridinha do chefe agora ne - ela falou com ironia

Luana: não, apenas tive autorização para chegar mais tarde - a olhei com desprezo

Monique: claro, com certeza ele te deixou sem andar - eu não respondi, ela não precisava de saber o que nós tínhamos feito - mas sabes, ele deixa todas assim, de pernas bambas e babadas por ele. Ah que homem ne, deve ser o que estás a pensar, mas sabes todas pensam isso, porque tu serias diferente? - eu continuei sem responder e apenas me concentrei no meu trabalho.

Ela tinha razão, eu era igual às outras para ele. Fui só mais uma com quem ele transou e com quem ele decerteza não quer mais nada. Mas mesmo assim ainda tinhamos de conviver pois eu era secretária dele.
Em todo o meu horário de expediente só o vi uma vez, não tivemos qualquer conversa nem nada. O telefone de Monique tocou e ela atendeu, revirou os olhos e me olhou.

Monique: ele quer te lá - eu acenti, peguei nos documentos que tinha para lhe entregar e fui até ao escritório dele. Bati na porta

Antonio: entre - entrei e pouco o olhei, pousei os documentos na mesa e os olhos dele foram para os meus peitos e depois para o meu rosto.

Luana: está aqui o meu trabalho de hoje - ele acentiu

Antonio: Tu tinhas razão, quem nos andava a roubar era Natalie e Frederico

Luana: sério? Por isso eles não gostaram de mim quando eu lá fui - ele acentiu e se levantou caminhando até mim

Antonio: estas melhor? - ele parecia preocupado

Luana: sim, já passou - ele acentiu e me encarou por um tempo, nenhum de nós disse nada, apenas nos ficamos a olhar - o meu horário já deu, eu preciso ir

António: claro, até amanhã - ele sorriu fraco e eu sorri também, caminhei até à porta e sai dali. Soltei todo o ar que eu não sabia que etsbaa a prender.

Monique: ele te deu uma tampa não me digas - ela riu fraco, eu a ignorei e peguei na minha bolsa e saí dali.

Entrei no meu Fiat 500 e fui para casa. Eu não estava bem. Estava tensa e cansada, precisava de uma boa noite de sono. Mas por incrível que pareça não consegui adormecer facilmente. As imagens da noite passada me perseguiam o pensamento, eu nao conseguia dormir, só conseguia pensar nele, nele dentro de mim, e em tudo o que fizemos. Acabei por me dar por vencida, bebi um chá e esperei adormecer, mesmo assim foi difícil.




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