Capítulo 14

401 21 1
                                    

Luana narrando

Martha: eu e o Pedro não temos nada - estávamos a comer enquanto falávamos

Luana: hum sei

Martha: ele até gostou de ti ontem por isso - eu neguei e sorri - mas... E o meu irmão e tu? - eu levantei a sobrancelha

Luana: não sei o que estás a perguntar, ele é meu chefe e eu sou a funcionária

Martha: aham, mas eu estou a falar ontem à noite e hoje de manhã ne, vocês ali, colados, no maior clima

Luana: não tinha clima nenhum, teu irmão que pensa que eu sou como Monique, mas engana se, e ontem à noite não aconteceu nada

Martha: sei, ele não corre atrás de ninguém Luana, e se vocês querem, podem fazer ne, nem que seja uma vez

Luana: eu não vou transar com o teu irmão, eu não consigo transar com alguém e seguir a minha vida como se nada tivesse acontecido

Martha: então tu queres me dizer que só transas se namorares com a pessoa? - ela parecia chocada

Luana: eu já transei antes de namorar, mas só o faço quando tenho algo com a pessoa

Martha: e química não conta?

Luana: conta, mas é diferente, o teu irmão e eu nunca daria em alguma coisa, então quanto mais longe eu me manter dele melhor

Martha: é mesmo?

Luana: é, porque senão meu corpo vai me traír e eu vou acabar na cama dele tal como ele quer - ela riu

Terminamos o almoço e logo voltamos para a empresa. A tarde foi longa, Monique e António passaram a maior parte do tempo em reuniões e eu estive praticamente sozinha neste espaço enorme. Saí dos meus pensamentos quando ouvi barulhos, olhei para o elevador e não vi ninguém a sair de lá, olhei para uma sala que ali havia e nada. Olhei para a sala de António que era toda de vidro, só tinha umas cortinas baixadas e quando olhei, um corpo foi colado na parede e ouvi um gemido. Continuei a olhar e logo a cortina foi arrastada para o lado. Consegui ver que era Monique e António, ela estava no colo dele e eles beijavam se loucamente, engoli em seco e tentei voltar ao trabalho, mas assim que o fiz os gemidos aumentaram. Olhei de novo para a sala e ele me olhava pelo vidro, enquanto entrava dentro dela. Eu fechei os olhos e voltei a tentar concentrar me, mas era impossível. Ele a empurrava com força contra o vidro, ela tentava conter os gemidos, mas parecia não conseguir, ele continuava a olhar me enquanto se movimentava rápido dentro dela. Eu desviei o olhar e voltei ao trabalho, pouco depois os gemidos pararam e uns minutos depois Monique saiu do escritório, e limpava os cantos da boca com o dedo e ainda puxou a saia para baixo enquanto me olhava. Voltou para a sua mesa e continuou a trabalhar como se nada tivesse acontecido.
Acabei de organizar todas as pastas e me levantei em direção à sala de António. Já estava perto de acabar o meu horário de trabalho. Bati na porta e ele mandou entrar. Entrei e ele me olhou com um sorriso de lado, sacana.

Luana: aqui está as pastas organizadas - pousei tudo em cima da mesa e ele logo olhou para os meus peitos - se não precisar de mais nada, eu queria ir para casa - ele me olhou sério e se levantou da cadeira vindo até mim

António: do trabalho já não preciso de si, mas fora do trabalho acho que preciso - ele olhou para as suas calças e eu entendi

Luana: então se já acabei, posso ir embora - afastei me dele e fui em direção à porta, mas ele me puxou pelo braço colando os nossos corpos

António: me deixe leva- lá a jantar - eu ri fraco e me soltei dele

Luana: nem pense, se isso é uma forma de me levar para a cama, acredite, Monique não se importa de ir - eu o olhei com sarcasmo e ele sorriu de lado

António: isso é ciúmes? - eu ri

Luana: tu acha mesmo? Eu não quero estar contigo e muito menos transar, então porque eu teria ciúmes?

António: tu não queres transar comigo? - eu acenti - tu é louca só pode - ele se afastou de mim - todas as mulheres se atiram a mim, deitam se aos meus pés, dão tudo para estar na minha cama e tu armada em princesa inocente dizes que não queres nada comigo!

Luana: e não quero! não quero ser como Monique, apenas uma comida barata tua, eu sou muito mais que isso e nunca, nunca vou transar contigo. Nem bêbeda, por isso a próxima vez que transar com Monique faça favor de não intervir no meu trabalho. Tenha o resto de um bom dia - sai do escritório dele, peguei nas minhas coisas e fui para a garagem, o cara é louco só pode.

Ele pensa que eu vou transar com ele, só porque todas as mulheres caem aos pés dele. Mas ele está enganado, se me quer na cama dele, vai ter de fazer muita coisa para isso, porque eu não sou uma comida barata que ele usa e deita fora.
Cheguei em casa, e fui tomar um banho de banheira precisava de tirar todo o stresse de mim.

Amar Sem Querer Onde histórias criam vida. Descubra agora