Capítulo 16 - BÓNUS

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Luana narrando

Eu não podia acreditar que tinha aceitado vir almoçar com ele. Quando aceitei pensei que ele se fosse comportar e ser mais formal, mas ele estava a comportar se exatamente como o oposto. Ele conduzia apenas com uma mão, o que o deixava extramente sexy. A outra estava pousada na mudança de marcha. Eu o olhava de lado e via ele observar as minhas pernas e morder o lábio. Eu não podia negar, eu também o desejava, mas desejo nunca foi tudo na minha vida, então eu não podia cair na tentação agora. Fizemos o caminho em silêncio, mas logo chegamos ao restaurante.
Era fino, luxuoso, o oposto do que eu tinha ido com Martha. Ele estacionou o carro e caminhamos até ao restaurante

Funcionário: têm reserva senhores?

Antonio: Sim, em nome de António Félix

Funcionário: mesa para uma pessoa? - eu levantei uma sobrancelha e olhei para ele

Antonio: sim, mas com certeza não tem problema esta bela senhora juntar se a mim - ele colocou um braço à volta da minha cintura e o funcionário olhou para o gesto

Funcionário: claro, não tem problema, acompanhem me - ele nos guiou até uma mesa onde só tinha um prato, António puxou a cadeira para eu me sentar e de seguida também se sentou - já lhe trazemos as suas coisas - eu acenti e o homem saiu

Luana: era escusado tocar me - António me olhava com um sorriso de lado

Antonio: eu fiz porque quis

Luana: mas já pensou se eu queria? - ele levantou uma sobrancelha

Antonio: se não quisesse, tinha tirado o braço na hora - ele se achava muito esperto

Luana: só não o fiz para o senhor não ficar mal perante outras pessoas - logo ele fechou a cara e o garcon trouxe as minhas coisas, escolhemos a comida e pedimos

Antonio: então, o que está achar da empresa?

Luana: a F&F sempre teve uma boa fama, então não sei o que quer que diga

Antonio: quero saber se gostas de lá trabalhar

Luana: claro que gosto, é o meu primeiro emprego, então é óbvio que gosto

Amtonio: pretendes ficar, ou só ganhar experiência e sair? - ele cruzou os braços e continuou a olhar me sério

Luana: eu não sei, eu não tenho muito aqui em Nova York, podia ir trabalhar lá fora sim, mas também não tenho nada lá fora - eu baixei o olhar mas ainda sentia o olhar dele em mim - então eu pretendo ficar na empresa, e depois logo se vê - eu o olhei e ele acentiu

Logo a nossa comida chegou. Durante o almoço falamos sobre a empresa e algumas reuniões e outras coisas. Não tocamos mais no que tem acontecido entre nós e ele muito menos forçou a barra. No fim ele foi pagar, depois de eu insistir que eu pagava, mas ele não deixou e ainda disse "guarde o seu dinheiro de princesa" aff, quando eu digo que o odeio, é verdade mesmo.
Saímos do restaurante e fomos para a empresa, fomos o caminho calados. Ele estacionou na garagem que até estava um pouco movimentada, logo os olhares foram atraídos para nós e já havia pessoas a sussurrar. Ele colocou o braço na minha cintura, de novo, e me guiou até ao elevador, quando chegamos no nosso andar, Monique já parecia com raiva.

Monique: graças a Deus, estou a morrer de fome

António: que exagero Monique - falou e entrou no seu escritório, deixando a porta aberta

Monique: espero que fiques aqui atenta e não dês para o chefe - eu ri fraco

Luana: quem costuma fazer isso és tu Monique - ela me olhou com raiva e saiu

António: Luana - ele chamou e eu entrei no escritório dele - quero que continues aqui hoje, basta deixares a porta aberta e verás quando alguém aparecer - eu revirei os olhos

Luana: parece que alguém gostou da minha presença hoje - ele sorriu fraco, eu voltei para a minha poltrona e enfiei o nariz na agenda

Chegou o fim do dia, e eu tinha a agenda organizada, levantei me da poltrona e fui até ele, ele estava bastante envolvido nuns papeis que nem deu pela minha aproximação. Parei na frente dele e observei os papeis, pareciam registos de contas e tinha vários valores sublinhados.

Luana: senhor - ele me olhou e mexeu no cabelo - a agenda está aqui - pousei em cima da mesa e ele não pareceu muito interessado

Antonio: tudo bem, se já fez tudo pode ir - ele voltou o olhar para os papeis e a curiosidade deu conta de mim

Luana: o senhor não precisa de ajuda nisso? - ele me olhou e parecia cansado e sem paciência

Antonio: percebes alguma coisa de contabilidade?

Luana: mais ou menos, sempre fui boa a matemática - ele pareceu pensar um pouco

Antonio: tudo bem, então vem aqui - eu dei a volta à mesa e me coloquei ao lado dele - estas contas não batem certo, faltam 700 mil euros do valor normal - eu arregalei os olhos e ele continuava a olhar me sério - isto já acontece tem 8 meses

Luana: mas as contas estão certas?

Antonio: sim, mas o valor que falta não é aqui apresentado e é descontado do saldo da empresa

Luana: posso verificar? - ele acentiu e deu me espaço para pegar nos papeis, peguei numa folha branca e comecei a escrever, apontei datas, números, valores e no fim fiz algumas contas na calculadora. Ele estava certo, faltava sempre 700 mil todos os meses desde à 8 meses atrás.

Antonio: e então? - ele se aproximou para ver o que eu tinha escrito

Luana: o senhor acha que pode estar a ser roubado?

Antonio: para de me chamar senhor - eu acenti - e eu não acho, eu tenho a certeza

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