Encontro de Almas Gêmeas

X - Mangas, o Plano Perfeito de Aproximação

Sam estava se sentindo nervoso. Ele e Charlie pensaram por muito tempo, mas não conseguiram bolar um jeito de poderem se aproximar dos irmãos da casa ao lado. Já estavam quase desistindo, quando quem deu uma idéia, ainda que involuntariamente, foi Adam que voltava da casa de Meg.

- Pronto, Sam. A sua encomenda está entregue e a Meg mandou dizer que muito obrigado.

- Valeu, maninho! - Sam diz automaticamente.

- Tudo bem. - o alfa loiro responde ao irmão, pairando o olhar sobre a imensa árvore carregada de frutos que eles estavam até agora há pouco. - Sabe, essa árvore está com muitos frutos maduros. Seria uma pena perder tantos, mas não tem ninguém a quem a gente possa dar um pouco. Quase todos da fazenda colheram um pouco para si e suas famílias, e ainda as árvores estão cheias.

Poderia até ter sido um comentário corriqueiro, mas as palavras do loiro atingem Sam e Charlie de uma maneira, que um olha ara outro com a expressão de quem diz "por que não pensei nisso antes"?

- Adam, você é um gênio! - A ruiva se lança ao redor do pescoço do Winchester de olhos azuis, quase o estrangulando em um abraço apertado.
- Eu até perdôo por ter me vencido.

Dito isso, a ruiva o larga, agarra o braço de Sam e sai dali com o alfa moreno com passos apressados, deixando um confuso e boquiaberto Adam para trás.

- Sam, isso é perfeito!

- O quê, Charlie?

- O Adam deu a idéia perfeita para você ir até lá ver o seu alfa, cabeça oca!

- E qual é, Charlie?

- Leve algumas mangas de cortesia para eles, oras!

- Tá... Até aí eu já tinha pensado igual a você. Mas como eu vou dizer que sabia que eles moravam aqui? - Indaga o moreno.

- Sam, Sam... O que seria dos irmãos Winchester sem mim? - A ruiva revira os olhos. - Diga a verdade. Você estava colhendo mangas para as crianças da Meg e que do alto da mangueira você o viu.

O rosto de Sam se ilumina com a idéia da ruiva. Dando um beijo estalado nas bochechas dela, ele sai em disparada para colher as frutas, com a ômega correndo atrás dele. Quando a cesta já estava cheia, Sam foi pra casa para se arrumar um pouco melhor e chamar Dean para ir com ele.

E ali estavam os dois, Na frente do magnífico portão azul-tempestade da residência da dupla que capturou os corações dos irmãos Winchester. Não foi muito difícil convencer Dean a vir com ele. A princípio, o mais velho não queria sair de casa, o que estragava a surpresa de Sam para fazê-lo reencontrar Cas, então Sam teve que estragar a surpresa e dizer que tinha descoberto que o ômega estaria lá.

Deu mais do que certo. Dean mais do que rapidamente tirou as roupas casuais que estava usando e foi vestir algo mais decente para uma visita de cortesia.
O caminho até a propriedade ao lado foi feito com cada um sentindo uma certa apreensão no peito, visto que agora eles pisariam em um terreno desconhecido para ambos, já que nenhum dos dois não sabiam o que iria acontecer naquela visita. E cada um com seus pensamentos e apreensões, eles enfim chegam ao portão da propriedade de Christian e Cas.

Parecia uma eternidade que eles estavam ali esperando aquele portão abrir. Para ambos, aquela estrutura de metal era a última barreira sepando-os cada um do sua alma gêmea.Sim, porque Sam já havia quase se convencido cem porcento que Christian era a sua alma gêmea, apesar de Sam ser um alfa como ele. Mas o jovem Winchester não saberia se o alfa-superior o corresponderia também se não tentasse. Então Sam vai tentar. E se o alfa corresponder, ele ficaria feliz. Se ele não não corresponder... bom, Sam pelo menos tentou e é vida que se segue.

Já Dean se sentia temeroso e eufórico ao mesmo tempo. Temeroso em ser rejeitado e e eufórico por encontrar novamente o dono do Cheiro que o cativou desde o primeiro momento em que o sentiu naquele fim de tarde.

O coração de ambos quase para ao ouvirem a estrutura sendo aberta. Uma moça morena de longos cabelos castanhos-escuros, os cumprimenta com um sorriso no rosto:

- Boa tarde... O que desejam?

- Boa tarde! - Sam acha melhor ele lidar com as apresentações, percebendo a agitação de Dean estava e também porque em questão de diplomacia e de se socializar, ele era o melhor dos dois. - Eu sou Sam e esse é meu irmão Dean. Moramos na fazenda aqui ao lado e descobri que o Christian e o Cas estão aqui. Então viemos trazer algumas frutas de cortesia.

Lisa estranhou que alguém chamasse Miguel pelo seu segundo nome, mas se ele sabia, era porque conhecia Miguel.

- Oh, claro. Podem entrar. - A morena fica de lado, dando espaço para os dois rapazes passarem. - Eu vou chamar o senhor Miguel.

"Miguel"? - Dean faz cara de ponto de interrogação para Sam, que devolve a mesma cara ao irmão. Mas agora que estavam ali, seja o que Deus quiser.

As mãos do mais novo estavam suando, mesmo ele segurando a enorme cesta que trazia com ele e começou a suar mais quando ele viu o seu alfa entrando na área que eles foram deixados pela morena, vestindo apenas um short vermelho e uma toalha branca ao redor de seus ombros nús. Ainda dava para ver algumas gotas de água em seu tórax, denunciando sua recém-saida da piscina. Sam discretamente seguiu o caminho de uma minúscula gota que caiu de seus cabelos, passou pelo seu rosto, continuando seu caminho através do poderoso torso do alfa, indo se esconder no caminho que levava até o ponto máximo da masculinidade de Christian.

Se Sam não estivesse segurando aquela cesta cheia de mangas em seus braços, ele era capaz de ter ido até o alfa e feito o caminho daquela pequena gota com os próprios dedos. Mas felizmente, Sam sabia se conter. Mas o coração de Sam parece que não sossegava, pois começou a bater descontroladamente quando o alfa o cumprimentou com aquele sorriso lindo que mostrava suas covinhas e aquela voz que grave que Sam não se importaria de obedecer:

- Boa tarde, jovem Sam!

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