XXXIV - Explorando uma Pista Através da Floresta

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Em uma manhã ensolarada de domingo, três pessoas se embrenhavam cada vez mais fundo na parte mais densa e escura da floresta que ficava nos arredores de Lawrence. Liderando o trio, uma ruiva ômega, analisava atentamente o GPS modificado por ela mesmo, em suas mãos, antes de guiar os outros dois, um loiro de olhos azuis e um moreno de olhos verdes, ambos alfas, o caminho correto a se seguir.

Apesar de estarem ainda no meio da manhã, as copas fechadas das árvores quase não deixavam os raios solares atravessarem suas folhas, deixando as sombras predominarem quase que cem por cento o local. Sombras essas que davam um aspecto sombrio naquela parte da floresta, mesmo ainda àquela hora do dia, diga-se de passagem.

- Charlie... Você poderia me refrescar a memória de como você convenceu a gente a fazer isso? - Adam pergunta para a ruiva, esquecendo-se que não fazia muito tempo que havia feito a mesma pergunta para ela, o que faz a ômega revirar os olhos mais uma vez... - É sério, como deixei que você me convencesse a fazer isso???

- Ai, ai Adam... Acho que é a centésima vez que você me pergunta isso, criatura! - A ruiva responde ao loiro. - Você mesmo, aliás, vocês dois mesmo concordaram que seria ótimo termos uma pista concreta sobre o paradeiro do seu irmão e de Castiel.

- Sim eu concordei porque achei que na hora parecia uma boa idéia, mas agora... - O loiro pausa para respirar e logo continua. - Veja onde as nossas pesquisas nos trouxeram. No meio da floresta do Conde Drácula...

O alfa então aponta ao redor deles, querendo mostrar o quão fechada e ameaçadora a floresta se tornava.

- Eu sei que os preparativos em teoria foram fáceis, Adam. - A ruiva tenta argumentar com o loiro, que em matéria de teimosia, quase ganhava de Dean. - Mas vamos encarar que nem tudo sai como o planejado. E outra... cadê o espírito aventureiro de você dois? O tão famoso sangue dos alfas destemidos?

- Metade dele ficou lá atrás com os pernilongos que nos atacaram, Charlie... - Dessa vez quem responde à Charlie e de modo irônico, é Derek. - Aqueles bichos devem ter achado que eu era alguma espécie de banquete gigante para eles. Olha só... Estou todo marcado com as picadas que levei...

Aquela reclamação feita pelo mais novo entre os três teve o efeito de descontrair o ambiente, fazendo Adam e Charlie gargalharem diante do beicinho que filhote fez, que a princípio, não gostou dos outros rirem dele, mas logo foi contagiado pela gargalhada dos dois e estava em pouco tempo, gargalhando com eles. Assim que os três param de rir para poderem tomar fôlego, Derek resolve tirar uma dúvida com Charlie:

- Charlie... Como você conseguiu essa pista do paradeiro do tio Castiel e do Sam? - O moreno pergunta. - Me lance uma luz sobre esse assunto, por favor...

A ruiva se volta para o filhote e resolve contar como ela e Adam chegaram nessa pista, visto que os dois praticamente arrastaram o filhote para essa aventura sem contar-lhe nada. E a ruiva sabia que devia uma explicação ao mais novo.

- Bem Derek... - A ruiva começa a contar, se sentando em um tronco que estava caído perto deles, sendo imitada pelos outros dois. - Foi meio que acidental... Eu estava voltando do escritório do seu pai através da praça onde aconteceu o sequestro. Naquele lugar eu tive um mal pressentimento e me preparei para sair dali rapidamente, quando minha visão foi atraída para um objeto meio que escondido pelas árvores. Quando vi aquele objeto e reconheci o que era, não pensei duas vezes e o peguei emprestado e voltei mais do que depressa a fazenda, a procura de Adam.

- Pegou emprestado? - Adam responde sarcástico. - Desde quando surrupiar alguma coisa é "pegar emprestado"?

- Adam, meu filho... Cala a boca e deixa eu explicar tudo ao Derek, criatura!!! - Charlie rosna, deixando os dois alfas assustados com a ferocidade daquelas palavras.

Encontro de Almas GêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora