-Vês, o Calum está ali.-disse eu ao Ashton enquanto abria a porta do carro e apontava para o rapaz moreno sentado numa das mesas de piquenique do parque.
-Ok, vai lá então. Diverte-te.
-Obrigada.-Saí do carro e fechei a porta.
-Olá!-Cumprimentou o Calum assim que me aproximei dele.
-Hey! Então o que é que nós viemos fazer ao parque?
-Já vais ver.
Ele pegou na minha mão e levou-me pelo passadiço do parque até um local onde não havia árvores. Um bocado mais à frente estava estendida uma toalha onde se encontravam várias frutas e petiscos.
-Pensei que podíamos deitar-nos aqui a olhar para as estrelas. Não é muito lamechas pois não?
-É um bocado cliché mas é perfeito!-Olhei-o e ele sorriu.
Deitei-me na toalha e comi um bocado de melancia. O Cal deitou-se ao meu lado.
-Então, conta-me mais sobre ti.-disse eu.
-O meu nome é Calum Thomas Hood. Tenho 17 anos e sou um rapaz normal.
-Interessante. Não há mais nada?
-Há, eu toco baixo. E também canto um bocado.
-Então és um rapaz talentoso ahm?
-Acho que se pode dizer que sim.
Um silêncio constrangedor estabeleceu-se entre nós. Odiava quando isto acontecia, ainda por cima era o nosso segundo encontro e eu não queria estragá-lo.
-Tocas alguma coisa?-perguntou ele quebrando o gelo.
-Mais ou menos. Se quiser aprender alguma coisa no piano ou na guitarra consigo se for ver ao YouTube.
-E cantas?
-Mais ou menos.
-Qualquer dia vais cantar para mim.
-Boa sorte com isso.
-Qual é o problema de cantares para mim?
-Não gosto de cantar em público.
-Vejamos se vais ou não cantar.
Eu ri-me.
-Adoro ver a lua.-disse o Calum.
-Isso parece uma frase de um filme.
-Bem, a vida é o nosso próprio filme.
-E essa também.
-Qual é o teu filme preferido?
-Extremamente alto e incrivelmente perto.
-Fala sobre o quê?
-Um rapaz, cujo pai morreu no 11 de setembro. Acho que passado um ano desse dia o rapaz encontra uma chave no armário do pai e pensa que ele lhe deixou uma pista qualquer para resolver um mistério. É um filme lindo.
Senti os meus olhos a ficarem com cada vez mais água. Sempre que eu me lembrava daquele maldito dia não me conseguia conter. Eu assisti à emissão na televisão da queda das torres gémeas, quando tinha três anos.
*Flashback on*
Acordei de manhã ainda era um bocado cedo mas como eu não ia ao infantário naquele dia porque estava um bocado doente decidi ir para a sala ver televisão. A minha mãe, Beatrice White, tinha ido trabalhar no World Trade Center. Liguei a televisão e em vez de aparecerem os habituais desenhos animados uma notícia de última hora apareceu. Um senhor de casaco vermelho anunciava-a assustado enquanto no plano de fundo duas torres encontravam-se a fumegar.
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Roomies || 5SOS [Editing]
FanfictionHá certas coisas na vida que não podemos controlar. Há certas coisas que vamos perder independentemente do que façamos. Por vezes só nos apercebemos da importância das coisas quando é tarde demais. Queremos voltar atrás no tempo para fazer tudo dife...