Capítulo XXIV

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-Vamos lá outra vez para a escola.-disse o Ash assim que entrei no carro dele na segunda-feira.

-Daqui a pouco já são férias de Natal, não te preocupes.

Ele sorriu e começou a conduzir. Ainda não lhe tinha falado da banda precisar de um baterista porque ele ontem tinha chegado tarde a casa e eu já estava a dormir.

-Como é que correu com o Calum?

-Correu bem.-respondi com um sorriso enorme.

-Ele tirou-te a virgindade, não foi?

Abanei a cabeça em desaprovação.

-Não porque eu não era virgem, mas sim nós fizéssemos aquilo.

-Tu não eras virgem?! -Ele parecia muito admirado.

-Não. Lá por não falar contigo antes e me irritar quando dizias coisas porcas não significa que eu era virgem.-respondi irritada.

-Pronto, tem calma. O que importa é que vocês os dois fizeram. Conta-me tudo!

-Claro que vou contar.-respondi irónica. -Mais nada?

-Não, não. É mesmo só isso.-disse ele rindo.

Estava a ficar mesmo muito irritada com ele mas quando olhei para ele e vi as suas covinhas não consegui evitar um sorriso.

-Porque é que a maior parte das vezes em que falo contigo tu levas tudo para o lado preverso?

-Bem este é quem eu sou, minha cara amiga.

-Aposto que há muitas coisas que tu não contas e isso deve ser só um mecanismo de defesa.

-Sim pois mecanismo de defesa, como se eu precisasse disso.-Ele respondeu irónico.-Eu sou um livro aberto, eu conto tudo.

-Onde está o teu pai então?-perguntei fria.

-Ok, quase tudo.

-Nunca me falaste nisso, nem quando vemos as estrelas.

-Nem tu me falas da tua mãe.

-Ele morreu?-Insisti.

-Chega de perguntas. Muda de assunto.

-Ok.-Acabei por ceder.- Sabes os 5 Seconds of Summer? A banda do Luke, do Calum e do teu amigo Michael, aquela que te falei no sábado?

-Sim.

-Eles conseguiram marcar um concerto para dia 3 de dezembro mas precisam de um baterista.

-Tu contaste-lhes?

-Não, achei melhor falar contigo primeiro.

-Bem, eu não sei. Acho um bocado mau, não?

-Porquê?

-É um bocado injusto para a minha mãe.

-Se por acaso a banda vingasse na música, a tua mãe até agradecia.

-Não sei Maya, eu não sou lá muito bom a tocar nem nada.

-Tenho a certeza que és bom.

-A sério? Tu achas-me bom?-ele olhou para mim com uma expressão atrevida.

-Bom baterista, oh inteligente!

Ele riu-se.

-Eu sei estava só a meter-me contigo.

-Como sempre, não é?

-A nossa relação baseia-se nisso.-ele sorriu para mim da forma mais adorável possível e eu sorri de volta.

Roomies || 5SOS [Editing]Onde histórias criam vida. Descubra agora