Capítulo 40

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Oiii gente, então, eu acabei de escrever HOJE o final de Swing, e por isso estou postando esse capítulo. Além desse capítulo temos mais 6 até o final da história. Eu sempre, desde que tive a ideia, imaginei ela como uma fic bem hot, com pouco drama (apesar de agora estar em um momento mais drámatico) e curta. E acho que eu cumpri bem as minhas próprias expectativas. Espero cumprir as de vocês também. Então, espero que gostem dos capítulos finais, e vou deixar o textão para o capítulo 46 hahaha.

Desfrutem <3

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Os dias seguintes para Anahí se tornaram um verdadeiro inferno. Ela decidiu que não iria trabalhar, não queria dar de cara com Alfonso no trabalho e, mesmo sendo a dona, também tinha direito há férias que não tirava desde muitos anos. Pode-se dedicar então a mudança, na separação, Anahí preferiu que Christopher ficasse com a casa, ela não era apegada a casa e não queria nada que lembrasse o casamento, nem queria ficar sozinha naquela casa enorme. Ambos finalizaram aquele processo amigavelmente, ainda sim, ela queria recomeçar. Optou dessa vez por um apartamento, em um condomínio de classe média, discreto, porém confortável. Também não levou muitas coisas, além de suas roupas e pertences pessoais, somente alguns poucos móveis que era apegada. Os demais itens foram comprados novos e sob medida para o apartamento.

O apartamento era pequeno e aconchegante, ele contava com um quarto, cozinha, sala, um banheiro e um lavabo. Comparado com a antiga casa de dois andares, três quartos, quatro banheiros e uma sala que era praticamente o tamanho de todo apartamento atual, além de outros ambientes enormes e pátio de frente e fundos, ela percebia como esse era pequeno. Mas estava feliz e se sentia em casa, fazia muito tempo que não se sentia assim.

Sentada no sofá, ainda haviam muitas caixas para abrir. Poderia pagar alguém para fazê-lo, mas no momento não queria pessoas estranhas em sua vida e se sentia sozinha.

Alguns dias depois as caixas continuavam do mesmo modo, ela somente abria as que mais necessitava, porém estava postergando o quando podia. No entanto sua maré de azar não parava por aí.

Havia sido na última quarta feira, Alfonso não parava de ligar, seu telefone tocava a todo instante e ela não queria atender. Ela já o havia bloqueado no whatsapp depois de mensagens insistentes, e agora teria que bloquear seu número também. Ela não entendia direito por que andava tão triste e estressada com toda aquela situação, e decidiu que precisava se distrair. Pegou a caminhonete então e seguiu em direção a trilha, entre os horários de final da tarde e inicio da noite, durante a semana, haviam várias partes da trilha que ficavam ermas e ela utilizava esse período para treino.

Quando chegou na pista, ela acelerou muito mais que o costume, porém percebeu que estava distraída demais quando quase bateu o carro e indo em uma velocidade um pouco mais baixa, mas ainda bem elevada, ela seguiu fazendo a trilha. Ainda sim ela não conseguia desopilar ou esquecer, e pela primeira vez em dias ela chorou, chorou tão profundamente que podia sentir as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. No entanto, devido as lágrimas seus olho começaram a ficar embaçados, e por um momento com a sensação que ela iria bater o carro, ela travou e puxou a direção.

O carro bateu de lado em uma arvore que demarcava a trilha, no momento do impacto a suas mãos seguravam firme o volante e sentiu seu pulso torcer. O carro morreu na hora. Ela nunca havia batido o carro em uma trilha, assustada e nervosa percebeu que não conseguia mexer o pulso. Ele estava dolorido. Ainda antes de pedir ajuda, ela se recostou para trás no banco do carro, e deixou que as lágrimas escorressem pelo seu rosto.

Exatamente naquele momento ela percebeu que nenhuma trilha ia ajudar naquele momento, e o que ela precisava mesmo era chorar e desabafar. Seu coração doía e ela estava confusa.

Mesmo sem amar Christopher, eles haviam vivido muitos anos juntos e a separação por mais amigável que fosse estava difícil. Se mudar e viver sozinha em uma apartamento também era assustador. Entregar-se de corpo e alma a um homem que não lhe prometeu nada, mas que ao mesmo tempo acabou com toda confiança que lhe tinha dado, a devastava. E agora com o carro e provavelmente, o pulso, quebrado, ela só tinha vontade de chorar.

Com a mão sã, ela pegou o telefone e ligou para emergência. Em seguida, ela fez a ligação mais improvável, que ela jamais pensou que iria fazê-lo.

- Oi Ucker. Eu estou com problemas.

Swing ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora