Capítulo 15

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Não teve condições de mais nada. Depois que Alfonso desligou o telefone, agradeceu mentalmente pelo banheiro privativo. Não teve nem tempo de trancar seu escritório, fora par ao banheiro e trancou o mesmo, lavou as mãos, o aparelho e inclusive sua intimidade, a parte de dentro de suas coxas que se encontravam completamente meladas, e por fim o rosto.

Olhou-se no espalho, seus cabelos estavam bagunçados, provavelmente pelo contato de sua cabeça roçando no encosto da cadeira e sua expressão demonstrava o prazer de uma mulher que recém havia feito sexo.

Fechou os olhos e recordou-se de quando olhou para baixo na janela. Sentiu sua intimidade apertar apenas pela sensação da lembrança.

Céus, onde estava com a cabeça?

Quando andou, sentiu sua coxa roçar uma na outra, sentia-se completamente nua sem sua roupa íntima. E então ficou pensando se alguém havia visto que ela havia jogado? Provavelmente não, mas a sensação de "ser pega" era torturadora.

Sentar-se a frente de seu computador era tempo perdido. Se pensava que conseguiria trabalhar nem que fosse um pouco durante o resto do dia, estava completamente enganada. Seus pensamentos estavam em somente um lugar: Na sala de baixo, mais precisamente em dois olhos verdes.

O pior é que ela nem tinha ideia de como revidar tamanho atrevimento. Como ele fora capaz?

"Se você acha que vou lhe obedecer e ir ao encontro de Swing, o senhor está completamente enganado. Alfonso Herrera", pensou consigo mesma. Não poderia deixar-se vencer por dois maravilhosos olhos verdes, um corpo altamente desejável, e lábios que ela queria beijar até arrancar.

"Pare de pensar nele Anahí", ela se repreendeu. Em vão, não parava de pensa-lo.

Desistiu de trabalhar, ainda sim não sairia antes do fim do expediente. Ainda que não produzisse como o esperado gostava de dar o exemplo e nunca saia da empresa antes das seis horas em ponto. Como não conseguia prestar atenção em planilhas e ainda menos em números, resolveu circular pela empresa e ter um contato mais próximo dos funcionários. Isso pareceu uma ótima ideia até começar a pensar que alguém poderia notar a falta da roupa intima.

Alfonso realmente não a deixava pensar e ainda menos nas possíveis consequências. Em menos de meia hora estava enfurnada de volta em sua sala, esperando paciênciosamente pelo fim do expediente. Quando finalmente chegou, pegou a chaves de seu carro e rapidamente se dirigiu ao estacionamento. Só queria ir para sua casa e colocar uma roupa intima.

Estava prestes a entrar no seu carro quando reconheceu uma voz um pouco distante de si, virou-se para trás e pode ver ninguém mais ninguém menos que Alfonso Herrera conversando com o senhor Domingos, um homem muito humilde na faixa de seus sessenta e poucos anos que se recusava a se aposentar e cuidava do estacionamento da empresa desde que Anahí era uma menininha.

- Pois é senhor Herrera, para ti ver como as coisas estão hoje em dia. – Dizia ele segurando uma caneta e na ponta estava pendurada uma roupa intima de renda de cor vermelha. – Atualmente não duvido de mais nada, até calcinhas os funcionários estão jogando no pátio. – Disse indignado.

- Pode deixar comigo senhor Domingos. – Alfonso respondeu cordial, lançando discretamente um olhar malicioso em direção de Anahí, ele já havia percebido sua presença desde que havia posto os pés no estacionamento. – Darei um jeito de descobrir a dona e entregarei pessoalmente. – Pegou então a roupa intima e guardou no bolso.

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MORTA COM O HERRERA! Será que ele vai devolver pra Anahí, ou vai guardar pra ele? Hmmm...

Swing ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora