Capítulo 42

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Oi gente, retinha final, faltam somente alguns capítulos. Não me abandonem... Tô sentindo falta dos comentários, não é cobrança tá? É que eu adoro quando comentam, qualquer coisa. Nem que seja um "posta mais", ou um "up". Se não eu me sinto postando pro vento! :P 

Espero que gostem do capítulo de hoje. Desfrutem <3

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- Não misture as coisas. Somos adultos e profissionais. A empresa precisa de você, a não ser que você também não seja confiável profissionalmente. - Ela então colocou seu corpo para frente, com os cotovelos apoiados em cima da mesa, sua expressão se tornou fria e séria. Alfonso pôde gelar naquele momento. - Você é confiável profissionalmente senhor Herrera?

- Completamente. - Ele disse com segurança.

- Então perfeito. Estamos conversados. - Ela se recostou novamente em sua cadeira. - Você já pode se retirar.

Frustrado. Sem ter conseguido falar metade do que havia planejado, ele se levantou. Ele tinha tantas coisas a dizer para ela que se sentiu sufocado em ter que engolir todas aquelas palavras. Ainda sim, ao menos uma coisa ele tinha que dizer antes de sair.

- Anahí.

- Sim. - Ela levantou a cabeça, séria. Impressionava a si mesma o seu autocontrole.

- Não sou apenas confiável profissionalmente, como pessoalmente. E o que eu sinto por você é de verdade.

Anahí sentiu seu corpo tremer dos pés a cabeça naquele momento. Sua segurança e autocontrole estavam se esvaindo aos poucos, estava díficil manter aquela personagem dura e fria. Precisava suportar somente por mais alguns segundos, até que ele saísse da sala.

- Feche a porta quando sair.

Ela sentiu todo seu corpo amolecer quando ele fechou a porta por trás de si. E ela que não era de chorar, sentia as lágrimas descendo por seu rosto de novo, apoiou os braços na mesa e a cabeça sobre os braços, na altura da testa, escondendo o resto e olhando para o chão. Sentia raiva, angústia, e um sentimento pouco comum fazia alguns anos: tristeza.

Alfonso parecia sincero, mas ela não conseguia acreditar em uma única palavra que saia de sua boca. Por que cargas d'água resolveu mantê-lo na empresa? Para mostrar superioridade ou para mantê-lo por perto? Ela queria saber a resposta, talvez até soubesse e estava se enganando. Independente disso, agora teria que aprender a conviver com ele, profissionalmente, da maneira que ela mesmo havia estipulado.

Se estava díficil para ela, para Alfonso as coisas também não estavam fáceis. Ver a dona da empresa durante todos os dias, desfilando em roupas que a deixavam cada vez mais sexy, o fazia louco. Ele tinha impulsos de agarrá-la, beijar seus lábios e tocar seu corpo todos os dias. Era enlouquecedor vê-la e não poder tocá-la, senti-la. Quando, em raros momentos, tinham que ficar sozinhos, o que ela evitava a todo custo, o clima entre eles era tenso, ríspido - principalmente da parte de Anahí - e sufocante. Ambos não viam o momento de que a reunião acabasse, para que pudessem respirar novamente.

Em outros momentos, quando tinham reunião juntamente com outros diretores ou investidores, em que tinham que ficar na mesma sala e as vezes até falar juntos, eles pareciam em sintonia e até ligados. Como se um complementasse o outro, mas era aquele momento terminar, e os falsos sorrisos desapareciam, iam cada um para sua sala, quentes, queimando por dentro, com clara necessidade que sentiam um do corpo do outro, porém doloridos.

Depois de uma dessas reuniões, Anahí voltou para a sua sala, sentou-se a sua mesa e abriu a primeira gaveta. A raiva que sentia de Alfonso não havia se dissipado nem um pouco, porém a excitação que sentia em vê-lo, em estar perto dele tampouco. Olhou o vibrador dentro de sua gaveta, e lembrou-se das diversas vezes que haviam usado juntos em suas brincadeiras quentes. Estava queimando por dentro. Ainda sim, não tinha o menor tesão em usá-lo sozinha.

Ela fechou a gaveta rapidamente quando alguém entrou sem ser anunciado.

- Ah. É você.

- Sim, sou eu. - Até aquela voz rouca era excitante.

O homem alto de cabelos negros e olhos verdes fechou a porta por trás de si e se aproximou da mesa de Anahí. Sentou-se sem ao menos ser convidado, parecia sério.

- Eu vim só lhe comunicar a minha decisão de me demitir. - Anahí estranhou, e sentiu-se perder o fôlego. - Eu não consigo mais suportar esse clima entre nós, de te ver todo dia e não poder estar contigo, eu realmente gosto de você, me arrisco a dizer que eu te amo, mas você não sente o mesmo e não acredita em mim. - Ele deu os ombros. - Então o melhor que posso fazer por mim mesmo é sair. Já deixei minha carta de demissão no RH, ficarei na empresa somente mais algumas semanas, tempo suficiente para poder passar todas as informações pertinentes e treinar quem for ocupar meu cargo, não mais que isso.

Swing ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora