Prólogo (parte 02)

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- Vamos Dulcinha. – Alfonso fez uma expressão extremamente convincente, a que Dulce Maria chamava carinhosamente de "olhos de gatinho do Shrek". – Vai ser divertido.

- Você é um pervertido, isso que eu digo. – Falou indignada pensando que nunca iria aceitar essa proposta. Alfonso devia estar é louco.

- Eu já fiz tantas coisas por você. – Alfonso iria usar todas as artimanhas possíveis para convencer a amiga de ir com ele. – Eu já saí com sua amiga feia, e até beijei nela. Já fingi ser seu namorado, já te apresentei amigos que tu querias conhecer e ainda depois te salvei deles. – Ele então riu. – Está certo que eu deveria te avisar que era um badboy, uma pequena enrascada, mas de todo caso não iria ouvir. E agora que estou te pedindo só uma favor, você me nega? – Fingiu extrema indignação.

- Eu só não entendo, por que. Por quê? Por que quer ir a uma festa onde só há casais?

- Pensa nas possibilidades Dulcinha. – Ele então agarrou a ruiva de lado com uma mão passada por seus ombros, levantou o olhar para o céu, e com a outra mão espalmou para o ar. Ele já havia visto essa técnica em muitos comerciais de televisão, filmes e até em alguns vídeos de autoajuda de como ser persuasivo. – Nós dois fingindo ser um casal, no meio de um monte de mulheres e homens comprometidos, podendo escolher um, para ficar por somente uma noite, com o consentimento do parceiro. É como colocar chifres no outro e receber um obrigado por isso. – Ele então fechou a mão e puxou contra o peito. – Não te parece fantástico.

O sorriso de Dulce Maria fora divertido, mas mostrava que não havia sido convencida por aquela jogada de marketing barata.

- Isso é fetiche?

- Não exatamente. Podemos ir primeiramente aos dias que são apenas beijos e amassos, escolheremos alguns pares e vermos no que dá. E se por acaso, você sentir o que eu estou sentindo somente com a ideia de transarmos com alguém comprometido, daí podemos evoluir e irmos em outros dias também. – Ele sorriu. – Me confesse de uma vez que não tem nada melhor para fazer em suas noites.

- Tenho sim. – Ela franziu sua testa. – Um compromisso sério com meu travesseiro e com meu sono para poder trabalhar no dia seguinte. Alfonso Herrera, não é mais fácil você conseguir uma mulher casada e ser seu amante? Ela também será casada, e poderá fazer tudo isso.

- E correr o risco de morrer por conta do marido ciumento? – Ele negou com a cabeça ferozmente. – Nem pensar. Eu estou pensando em algo com o consentimento do marido. E eu adoraria ir, mas para isso eu preciso levar uma companhia feminina junto que finja ser meu par. – Fitou-a – Uma namorada de longa data.

- Claro. Uma namorada de longa data que você nem sabe o dia do aniversário e nem vai saber o que dizer sobre o primeiro encontro.

- Isso é ótimo. – Ele falou então sorrindo.

- Como?

- Estamos frequentando por que estamos com um sério problema em nosso relacionamento. Eu não sei absolutamente nada sobre você, embora você me conheça muito bem. E claro, vai poder falar o que quiser sobre mim, exceto qualquer coisa que me prejudique moralmente. Que tal?

- Definitivamente não. – Falou incisiva. – E essa é minha última palavra.

Swing ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora