Call Me Baby - BrightWin - Livro 3

⋆ ˚｡⋆୨୧˚Capítulo 13

Metawin estava na cozinha da casa passando a colher no pote de sorvete, que já estava quase derretendo. Ele estava muito aéreo nos últimos dias, pelo menos não estavam sabendo nada da Mali, era uma notícia perfeita para quem queria cutuca a onça com vara curta. Não importava o que fazia para se distrair sempre vinha a risada de uma criança em sua mente. Era quase impossível não pensar nisso. Estava o deixando louco. Ele tinha que falar com Bright sobre isso o mais rápido que conseguisse.

– O sorvete já está derretido. – Bright chegou por trás de Metawin pegando a colher da mão do mesmo. – O que estava te deixando distraído? – O mesmo pegou uma colherada do sorvete e levou até a boca de Metawin que comeu o doce.

– Eu queria falar com você sobre uma coisa. – Ele fala em um tom de voz sério e baixo.

– Parece sério. Aconteceu alguma coisa com seus pais? – Metawin gostava que Bright se importava com os seus pais. Mesmo não morando perto um do outro podia ser dizer que eles era próximos.

– Não é com eles. – O mesmo se virou ficando de frente para Bright que colocou as mãos na sua cintura. – É mais da gente. – Ele colocou os braços em volta do pescoço do mesmo tentando aliviar um pouco o clima antes de contar.

– Pode me dizer logo? Está me assustando. – Bright disse sério franzindo o cenho para seu marido.

– Eu quero adotar uma criança, Bright. – Ele ouviu seu nome, Metawin só falava seu nome quando tinha alguma coisa de errado, mas queria que fosse uma brincadeira.
“Uma criança”?
Bright sorriu rápido tentando, de todas as formas, se convencer de que Metawin não estava falando sério.

– O-O que? – Ele rir mais uma vez. – Uma criança, Metawin? Quer que eu seje pai?

– Não, eu quero que a gente seja pais. – Metawin tirou os braços envolta do pescoço do mesmo.

– Você está se ouvindo? – Bright se afastou sem tirar os olhos dele. Parecia ser uma idéia maluca para Bright mas para Metawin era uma coisa que poderia reforçar o relacionamento dos dois. – Já viu como é o nosso relacionamento? E eu não estou falando das brigas. – Metawin revirou os olhos virando a cabeça para o lado. – Temos brinquedos no nosso quarto e na antiga casa tínhamos um quarto para jogos. Quando estivermos fazendo alguma coisa e essa criança começar a chorar, hein? Vamos ter que parar para poder servir a ela?

– Sim bright. Por que é isso que acontece quando você se torna pai. Já parou para ouvir o que você está dizendo? Está comparando uma criança com um monstro que vai entrar na nossa vida só para nos destruir.

– Se o nosso relacionamento estiver em jogo você obviamente escolheria ela, não é? – Ele diz meio revoltado com todos os absurdos que saia de sua boca.

– Se você continuar se comportando assim é claro que iria. – Bright olhou para ele atordoado. Parecia que o que tinha feito anos atrás para poder reconquistar Metawin tinha sido em vão. Não estava pronto para dividir ele com ninguém, nem mesmo com uma criança. – Em alguns momentos eu não sinto que sou seu marido, sinto que ainda sou o seu submisso. – Metawin saiu de perto de Bright e foi até a porta da cozinha a abrindo com força.

– Não bata a porta! – Bright gritou antes que Metawin se fosse.

– Ou o que?! Você vai me bater? – Metawin se virou com os olhos cheios de lágrimas e o rosto vermelho. Parecia que o “conversar” tinha passado para uma discursão feia. Talvez eles não se entendessem se o assunto não fosse na cama. Provavelmente eles só se completavam assim. Ou até mesmo estivessem vivendo como no começo, um submisso e um dominador, só que casados e não juntos por um contrato SSC.

✧༺♥༻✧

Metawin estava evitando encontrar Bright ao máximo, mesmo que dentro da casa. Talvez lá não fosse o melhor lugar para se esconder. Precisava sair, respirar ar fresco de verdade, sentir o sol, o que não fazia já havia um bom tempo. Ele foi até a entrada principal e abriu a porta lentamente para que não fizesse barulho. Assim que a porta se abriu ele viu que alguém tentou abrir a porta por fora ao mesmo tempo. Tentou disfarçar o que ia fazer e colocou um sorriso no rosto.

– Oi Bohn. – Disse se esforçando ao máximo.

– Eh... Oi, Metawin. Me desculpa se eu fiz você e o Bright discutirem naquele dia...

– Está tudo bem. Nós estamos resolvidos. – Mentiu para Bohn e para sí mesmo.

– Ah, ainda bem. O Bright está? Ele me pediu para vir aqui. – É claro que pediu. Metawin tentou não fechar a porta com força na sua cara e saiu de frente da mesma

– Claro, pode entrar. Ele... – Metawin parou de falar tentando pensar em algum cômodo da casa que provavelmente Bright estaria. – Deve estar por aí. Você pode procurar avontade. – Ele sorriu mais uma vez e saiu da casa fechando a porta deixando Bohn confuso.

Estava precisando daquilo mais do que nunca. Dentro da casa, mesmo no silêncio, Metawin não conseguia parar de ouvir risada de uma criança, podia ser até música para seus ouvidos. Queria entender como Bright não queria adotar uma. Poderia ser pelo seu passado, mas isso deveria o incentivar a adotar e não recuar.
Só percebeu que estava chorando quando as lágrimas começaram a molhar a sua roupa o suficiente para parecer que ele tinha sido acertado por um jato d'água. Viver feliz com Bright estava parecendo impossível nesses dias, principalmente quando tudo parecia regredir a cada avanço todo dia. Ele queria gritar até a sua garganta doer, mas corria o perigo de alguém lhe ouvir. Então fechou os olhos e os tampo com as mãos.
Seu coração disparou e começou a bater forte quando alguém colocou uma espécie de saco em sua cabeça e o puxou com força o arrastando para algum lugar. Não conseguia ver e nem se mexer para tentar escapar de quem quer que fosse. Agora estava com mais medo do que nunca. Metawin queria estar com Bright nesse momento.

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Notas do autor:

Entrando na reta final, não me matem por isso. Estou me esforçando para terminar essa fic com o melhor final de todos.
Eu tive que avaliar o relacionamento do Bright e do Win para poder escrever essa briga.
E realmente acho que o Metawin ainda vive como um submisso do Bright.
Não sei como fui deixar isso acontecer no decorrer dos capítulos. Me desculpem por isso.

Mas tudo vai mudar, não se preocupem.