✹ ׂ Notas Iniciais:
Estou de volta com mais um capítulo. Este não é meu preferido, e pelo contrário, me deixa insegura, então perdoem quaisquer erros ocasionais. Uma boa leitura, e por favor, em caso de críticas a respeito, sintam-se à vontade.┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈ · ┈
O céu negro de Asgard foi cenário de um vislumbre tão rápido que era imperceptível à olho humano, e o estrondo sônico afetou a audição dos combatentes que ainda estavam no campo de batalha.- Kal, eu não poderia pensar em... - O esforço para verbalizar seus pensamentos era grande, mas parecia que a qualquer momento ela se afogaria em seu próprio sangue, sufocando.
- Diana, por favor. - O pedido era irracional, assim como tudo que parecia o envolver agora. Em mil anos de luta incessável, o kryptoniano nunca havia visto sua companheira em estado parecido, e naquele momento, ele estava perdendo completamente a compostura.
O sorriso da amazona era manchado de sangue, que escorria pelas bordas dos lábios voluptuosos que tinham estado contra os de seu amante na noite anterior. Pousando em frente à tenda destinada aos feridos, Kal adentrou, sentindo os olhares assustados seguirem seus passos até uma das macas. Os soldados e os civis não estavam acostumados a ver seus deuses maiores em um estado tão grave e toda aquela tintura escarlate que manchava a pele de seu general, manteve todos em estado de alerta.
- Você precisa cauterizar. - Diana ofegou, segurando a pele de animal entre seus dedos.
- Eu não posso fazer isso, vai te machucar.
- Kal, por favor... Eu estou ficando fraca, a perda... O sangue, você precisa. - Embora sem nexo, e sentido, ele pôde compreender o que era necessário.
Em todos seus anos lidando com batalhas e feridos, Kal nunca se sentiu tão reativo. Sua mente flutuava em desgosto, enquanto suas mãos trêmulas viraram o corpo já inconsciente, afastando o que restara da armadura. Tomando uma respiração profunda, ele se deixou romper, desejando que os picos de consciência dela não se dessem naquele momento. As pupilas dilatadas, deram lugar a coloração avermelhada que previram o laser que deslizou pelas costas da guerreira, desde sua nuca, até as ancas. O odor de carne queimada inundou suas narinas, o deixando nauseado. Em um estalo, os líderes da tenda médica pareceram voltar a si, trazendo consigo alguns remédios próprios de curandeiros e faixas higienizadas para manter a ferida coberta.
Minutos se passaram, segundos se arrastando como malditas horas, mas seus olhos azuis não se desafixaram do rosto pálido e adormecido. Mais e mais feridos chegavam à tenda e os gritos de dor levavam Kal à um nível inadvertido de agonia. Tomando consigo as poções, e o corpo de sua amiga com todo o cuidado possível de se imaginar do Homem de Aço, ele fez seu caminho de volta à sua tenda, à tenda deles. Paz. Era do que ele precisava, do que Diana precisava para se recuperar. E foi ali, sentado no chão aos pés da cama que havia sido testemunha do amor que eles compartilharam apenas horas atrás, mantendo a mão consideravelmente menor e mais delicada que a sua entre seus dedos, que Kal abdicou de seu ceticismo, e orou. Orou para todos e qualquer deus que pudesse ouvi-lo. Ele rogou à Rao, o deus de seu planeta morto, rogou aos Olímpicos, deuses de sua mulher, rogou à Odin e até mesmo à Thor, implorando que ele o ouvisse de Valhalla.
Ele não soube contabilizar quanto tempo havia se passado, ainda que quisesse, o tempo em Asgard era completamente diferente e mesmo após um milênio inteiro, ele ainda não havia se habituado. No entanto, os gritos que ecoavam do lado de fora haviam chamado sua atenção, e o retirado de seu sono. Olhando para Diana enquanto se levantava, ele pôde perceber que ela não parecia mais assim tão pálida, e sua respiração e batimentos estavam mais regulados. Sufocando um suspiro aliviado, ele ouviu seus capitães chamarem à porta. Antes de partir, se reclinou sobre a cama, sua mão tomando a nuca da mulher ainda adormecida. Quando sua canhota abriu o pequeno pote de porção, ele a ofereceu mais um pouco do líquido viscoso, antes de o devolver ao pequeno apoio ao lado, um beijo sobre a testa gélida antes de a acomodar de volta a cama. Carregando consigo o Mjölnir, seus lábios encontraram a testa gélida de Diana, puxando a coberta por sobre seus ombros, antes de sair.
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Rewrite the Stars
FanfictionApenas mais uma releitura de Immortal Beloved. What if we rewrite the stars? Say you were made to be mine Nothing could keep us apart You'll be the one I was meant to find It's up to you, and it's up to me No one could say what we get to be So why d...