Chapter 13

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ׂ  Notas Iniciais:
Espero que estejam preparados para o que está por vir. Boa leitura!

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As festividades próprias de fim de ano passaram rapidamente, como na maioria das vezes em que apenas necessita-se de um pouco de descanso. Pela perspectiva de Clark, os dias se arrastaram, e ele estava se sentindo muito perto de um colapso, como quando ele era envenenado por kryptonita, a diferença, entretanto, era que desta vez sua mente estava esgotada. Ele decidiu levar seu psicológico a sério quando quase causou um desastre ainda maior, ao tentar apenas conter uma barragem. Os feixes vermelhos que escaparam de seus olhos foram tão fortes que ao invés de remendar as rachaduras fez com que a construção se quebrasse em inúmeros pedaços, e se não fosse a ajuda de Aquaman, todo o vilarejo teria sido dizimado pelas águas fortes. Tendo uma conversa franca, na medida possível se considerando seus termos atuais de relacionamento, com o Batman, ele pediu que fosse acionado apenas nas situações extremas, e devido aos últimos acontecimentos o Homem Morcego não pôde fazer nada além de concordar.

A conversa com Diana havia rendido, para além da reflexão, uma conversa séria com Lois. Embora tenha sido apenas um impasse, onde a mulher tomou a voz por alguns bons minutos, reforçando que ele havia deixado a princesa fazer sua mente para colocá-lo contra ela, e que sua intenção não tinha sido aquela, ele fez sua parte no que tange esclarecer, e pontuar que a situação não deveria se repetir, assim como estabelecer alguns limites e distanciamentos a serem cumpridos. Desde o acontecido ele voltara a dormir no sofá, o que era simplesmente ridículo, e para piorar a situação, seus diálogos com Diana não eram muito receptivos o que o deixava à deriva dos céus durante a noite. Obviamente, ele tinha na fazenda de seus pais um lar, e poderia repousar lá sempre que sentisse necessário, mas expor seus pais a seus problemas pessoais não fazia parte do seu feitio. Como de praxe, todas as noites ele ia até o Ártico, conversar com seu pequeno bebê, entretanto, diferente da maioria das outras vezes, ele agora ia quando sabia que Diana já estava recolhida, e seus sussurros não passavam disso. Era a terceira noite que ele se refugiava entre os viveiros com criaturas espaciais, acomodado sobre uma cama improvisada enquanto assistia as diferentes espécies.

- Você poderia ter ao menos montado uma cama mais digna.

A voz o surpreendeu, e ele assistiu a princesa estender a mão em um pedido mudo de auxílio para que ela, envolta em um lençol, pudesse se sentar ao seu lado no colchão posto ao chão.

- É só algo temporário.

- É sua terceira noite aqui, poderia ter um pouco mais de conforto. - Ela rebateu em uma respiração pesada quando acomodou a si e sua barriga, que beirava a vigésima sétima semana.

- Você...

- Passei mil anos dividindo uma tenda com você, Kal. - Apontou ao se recostar no braço alheio.

- Às vezes me assusta o quanto você me conhece.

- Me assusta o inverso também. Apesar de Donna, eu sempre me senti muito sozinha, e você tornou tudo diferente.

- Grécia. - Ele sorriu com a memória do evento, em questão citado.

- Sim, não como humanos ou deuses, apenas nós.

- Apenas nós. - Ele concordou, tomando a liberdade de segurar a mão dela em um aperto.

Sua cabeça pendeu para trás, acomodada contra a parede gélida da Fortaleza. Seus olhos estavam distraídos com as criaturas quando em passadas suaves, Krypto se juntou aos dois, ou três, deitando-se à frente de suas pernas.

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