Jisoo tentava segurar o riso enquanto via Yang ficar mais vermelho do que um tomate. O homem estava visivelmente irritado, contudo, tentava se manter imparcial.
— Este é um caso de extremo cuidado, senhor. — Insistiu ele. — Eu entendo que a mãe da paciente queira isso, mas pelo menos deixe-me acompanhá-la. Aquela garota é um milagre vivo, bem diante de nossos olhos. — O chefe do hospital repuxou o canto de sua boca e olhou para Jisoo.
—Você acha que é capaz de fazer isso, senhorita? — Ele perguntou solenemente.
— Não acho que ela ainda seja capaz. Ela é muito boa, inclusive, é a minha melhor aluna, no entanto, isso é algo que vai além do capricho de uma mãe. — Yang disse. O homem bateu fortemente os punhos na mesa e olhos furiosamente para Yang.
— Primeiramente que não é um "capricho", senhor Hyunsuk. Aquela garota ali... — Disse e apontou diretamente para Jisoo. -- De alguma forma desconhecida por todos nós, foi capaz de fazer a garota acordar após quatorze anos. É justo querê-la por perto. — Disse seriamente. — E em segundo lugar, minha pergunta foi para a senhorita Kim, então quando sua fala não for solicitada, por favor, cale a boca. — Os músculos do maxilar de Yang se tensionaram antes de ele assentir.
— Sim, senhor. — Replicou seriamente. Mesmo ele sendo o chefe de seu departamento, ainda tinha que acatar o chefe do hospital, sendo assim, foi obrigado a se calar.
— E então, senhorita Kim, acha que é capaz? — Jisoo, que tinha suas mãos entrelaçadas nas costas, deu um passo a frente.
— Eu poderia muito bem dizer que sim, senhor, afinal é um tratamento o qual eu já fiz, mas nesse caso em especial eu prefiro que o senhor Hyunsuk me acompanhe. — O sorriso prepotente do homem se abriu, como se dissesse que estava certo o tempo inteiro.
— Não se sente segura ainda sozinha? — O chefe do hospital perguntou curioso, cruzando os braços.
— Me sinto completamente segura, mas quero o melhor para a paciente e o senhor Hyunsuk tem mais experiência.
— Mas a senhora Park insiste que seja você a fisioterapeuta de Chaeyoung. Eu a expliquei que a senhorita ainda não se formou, mas a mulher é osso duro de roer. — Ele disse rindo. — O que me sugere, Kim?
— Bem... O senhor Yang poderia me acompanhar e se certificar de que estou fazendo tudo corretamente. — Ela sugeriu completamente receosa.
— O quê? — Yang perguntou perplexo. — Está sugerindo que eu seja seu ajudante?
— Eu adorei a ideia. — O chefe do hospital disse sorrindo. — Explêndido. Pode avisar à senhora Park para passar em minha sala, senhorita? Quero avisá-la que começarão amanhã. — Jisoo assentiu.
— Se o senhor me permitir tentar fazer ela mudar de ideia... — Yang tentou, mas a risada do senhor Oh lhe interrompeu.
— Fique à vontade, mas como sei que aquela mulher é irredutível já fique preparada, senhorita Kim.
— Deve estar louca, não é possível. -- Yang disse, vendo o homem em sua frente fechar sua expressão na hora.
— Cuidado com o que fala, Hyunsuk, aquela mulher vai além da mãe de uma paciente. Ela é uma grande amiga. Está neste hospital desde antes de eu me tornar o chefe, então peço encarecidamente que não volte a mencioná-la dessa forma.
— Desculpe, senhor.
— Podem se retirar. — O homem disse, ouvindo Jisoo proferir um "com licença" antes de se retirar.
A menina apressou o passo para fugir de Yang, pois sabia que ouviria alguma provocação, e deu graças a Deus por ter chegado ao quarto de Chaeyoung logo. Desta vez não precisou deixar batidas na porta, pois a mesma estava aberta.
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Em um piscar de olhos - Chaesoo
RomancePark Chaeyoung tinha apenas apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro que estavam durante...