É aniversário de Hyoga Chateaubriand, e o loirinho poderia pedir de presente o que quisesse que seu dedicado pai, o renomado biólogo francês Camus Chateaubriand o daria, mas ele não queria nada, bem nada material, pelo menos. Já havia recebido dos colegas de faculdade um presente especial, uma noite na suíte presidencial de um hotel com o melhor garoto de programa da cidade, e tudo que mais desejava era dividir seu presente com o homem que sempre desejou desde que se entendia por gente. E agora, será se essa noite será o melhor dos presentes ou um verdadeiro presente de grego?
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Hoje é um dia muito especial para mim, é meu aniversário estou completando 21 anos de idade, sim é uma data especial, mas não estou eufórico apenas por ela, estou feliz pelo presentão que irei ganhar mais tarde, arrisco a dizer que será o melhor presente que já ganhei na vida...
Deixa eu me apresentar, meu nome é Hyoga Chateaubriand, e estou a um passo de levar um ruivo lindo, maravilhoso e de gostoso para minha cama: o renomado biólogo e pesquisador Camus Chateaubriand, para todos os efeitos legais, meu pai...
Calma não se trata de um incesto, pelo menos não do ponto de vista biológico, ele é meu pai adotivo, é uma longa história... Se bem que, temos algum tempo até à hora marcada, então se tiver um tempinho para ouvir eu não me incomodo em compartilhar minha história.
A minha vida nem sempre foi um mar de rosas, eu nasci na Rússia, em Moscou para ser exato. A minha mãe Nastácia Yurievna era a primeira bailarina do Balé Bolshoi até se apaixonar pelo meu pai, um empresário japonês que lhe prometeu amor eterno, mas a abandonou depois da primeira noite. A gravidez inesperada fez com que ela precisasse abandonar a dança.
A família da minha mãe lhe deu as costas, o meu avô a expulsou de casa. Eu até ouvi minha mãe dizer uma vez a uma amiga, que ele jamais aceitou a vergonha de ter um neto bastardo, que se ela tivesse feito um aborto ele poderia até perdoar seu mal passo, na época eu não fazia ideia do que aquela frase significava, hoje compreendo que pela família da minha mãe eu jamais teria nascido. Hipócritas! Todos os domingos na igreja e mesmo assim aconselhando a filha a cometer um pecado tão grave conto atentar contra a vida de um inocente! Mas a minha mãe era cristã de verdade e se negou veementemente a fazer o que o pai lhe orientara, antes se sacrificou por mim e me amou. Eu amava e admirava, e ainda admiro a coragem dela de abandonar seus sonhos e batalhar dia e noite para sustentar um filho sozinha.
Quanto eu estava com 7 anos de idade, meu pai biológico entrou em contato com minha mãe se dizendo arrependido, disse que queria me conhecer e que ela deveria vir comigo ao Japão, que ele assumiria o filho. A verdade é que ela jamais o esqueceu e vendo a oportunidade de revê-lo não pensou duas vezes antes de fazer as malas para partimos em uma viagem de navio. Eu nunca esquecerei a alegria dela dizendo que essa viagem mudaria as nossas vidas. Bem, de fato mudou, porém não da forma que eu esperava na minha inocência infantil. Depois de alguns dias de viagem um terrível acidente afundou a embarcação no mar Ártico. Pouquíssimas pessoas sobreviveram, mas minha mãe não teve essa sorte. Ela preferiu me salvar.
