Dessa vez Mask parecia realmente magoado e indisposto a ceder, então caberia a Afrodite engolir o orgulho e ir pedir desculpas ao namorado, afinal, ninguém merece brigar por causa de criaturas que até já foram extintas, não é?
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Quando Afrodite parava para pensar na razão pela qual agora estava sozinho em plena noite de sábado, ele tinha vontade de rir. Tá certo que ele e Mask nunca brigavam por um motivo realmente sério, mas de todas as discussões fúteis e brigas tolas, aquela era digna de indicação ao prêmio Framboesa de Ouro!
— Malditos dinossauros! — murmurou descontente.
Olhou para o espelho e se viu perfeitamente arrumado, olhou para o relógio e se sentiu terrivelmente infeliz. Ele não viria, afinal. Inflou as bochechas, cruzou os braços e se deixou cair pesadamente sobre o colchão. Que absurdo! Brigar por causa de criaturas que até já foram extintas — fala sério! — bufou, descontente.
— Se você bufar mais uma vez eu vou te expulsar desse quarto — Shura ameaçou, já terrivelmente irritado com o ruído que Afrodite não parava de emitir.
— E por que você me expulsaria de um quarto que também é meu?
— Porque você está me atrapalhando! Não sei se você percebeu, mas eu estou tentando estudar.
— Dá um tempo, Shura! Hoje é sábado. Quem diabos fica em casa em pleno sábado à noite para estudar?
— Quem deseja passar no vestibular?
— Você vai passar, homem, e nem precisa se esforçar tanto.
— Eu agradeço pelas palavras de conforto, mas por que, em vez de ficar aqui bufando, você não vai logo se desculpar com seu namorado?
— E por que eu iria? Eu não fiz nada de errado! Aquele cabeça dura que ficou todo emburrado só por que eu teci algumas críticas a franquia Jurassic Park.
— Você fez de propósito, eu sei. Você sabe que o Mask é apaixonado por dinossauros desde a infância, então por que você vive azucrinando o pobre? Se você não engolir seu orgulho e ir logo conversar com ele, isso pode virar uma treta jurássica.
— Isso foi um trocadilho?
Shura sorriu de canto e se virou sem responder, voltando sua atenção ao simulado de ciências na tela do computador.
— Eu não vou pedir desculpas, eu vou esperar ele reconhecer que está errado e vir implorar pelo meu perdão.
— E se ele não vier? Pelo que eu sei vocês brigaram na terça-feira, e levando em consideração o histórico de vocês, uma briga nunca perdurou por mais de dois dias e é sempre o Mask quem cede. Talvez, dessa vez ele esteja realmente cansado e indisposto a ceder.
— Ele vai vir, ele sempre vem! Eu só preciso esperar mais um pouquinho e ele vai entender que eu tenho razão.
— Será? Vai esperar até quando? Até virar um fóssil?
