— Você está bem? Elas machucaram você? Você é filha de Zeus? Qual seu nome? — O menino com a espada que possuía cabelos castanhos e olhos azuis perguntou para mim se agachando para ver meu rosto.
— Calma ai, Tristan, uma pergunta de cada vez, desse jeito você vai deixar a menina mais assustada do que já está. — Uma menina de cabelos loiros escuro com um arco disse ao menino, vindo na nossa direção.
— Desculpa, eu estou te assustando? — Tristan perguntou a mim
— O que eram aquelas coisas? Quem são vocês? Por que aquilo me chamou de filha de Zeus? — eu perguntei um pouco desesperada.
— Olha ai, ela também tem muitas perguntas, Annie — O garoto disse se direcionado a menina, Annie.
— Acho melhor levarmos ela com a gente, Tristan
— Eu concordo
— Eu não vou a lugar nenhum, acabei de conhecer vocês. — eu disse me levantando.
— Olha moça, eu sei que acabamos de nos conhecer e não foi de um jeito muito legal, mas salvamos sua vida e se você continuar aqui será morta, para ser sincera não sei como você ainda está viva, me parece que você não sabia que era uma semideusa. — Annie disse.
— Eu sou o que? Semideusa?
— Sim! Assim como nós, se vier com a gente você estará segura, pelo menos por um tempo... — Tristan disse olhando para mim
Aquilo era demais para minha cabeça, eu tinha acabado de ser atacadas por duas criaturas horríveis, e agora descubro que Deuses existem? Eu só podia estar sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo. Me belisquei tentando acordar daquele pesadelo, mas não, infelizmente era a realidade.
— Deuses realmente existem? — eu perguntei desacreditada
— É... sim, é sempre um choque da primeira vez. Mas então, vem com a gente? — Annie perguntou
— Como sei que posso confiar em vocês?
— Somos iguais a você, não teríamos porque te fazer mal, quer dizer, pelo menos nós dois — Tristan respondeu como se tivesse pensando em outros colegas.
— Bem, eu estava planejando fugir um pouco então, acho que vou confiar em vocês e segui-los. — eu respondi
— Ótimo, vem com a gente. — Annie disse já caminhando.
Eu sei que todos dizem para não confiarmos em estranhos, principalmente em ocasiões na qual você está indo para um lugar desconhecido com desconhecidos, mas por alguma razão eu sentia que podia confiar naquelas pessoas, então só peguei minha mochila e comecei a seguir os dois. Sentia também que eu estava indo para um lugar melhor e provavelmente minha mãe nem sentiria minha falta.
...
Nós andamos até chegarmos na montanha em que o letreiro estava, Tristan e Annie entraram em uma caverna, que por acaso eu nunca havia notado que estava ali.
— Hum, então vocês moram em uma caverna? — eu perguntei observando o local. — Confesso que não esperava isso.
Tristan rio enquanto adentrávamos a caverna
— Você nem imagina o que é essa caverna.
Eu pensei que fosse alguma piada mas então os dois pararam diante de um parede, na qual eu pensei ser o fim da caverna, e Tristan passou a mão em busca de algo, a iluminação estava ruim mas pude ver quando ele achou o que queria, um símbolo, uma estrela dentro de um círculo com uma sigla no meio: "EMU", eu não fazia ideia do que era aquilo. Porém quando Tristan colocou a mão em cima do símbolo, o mesmo começou a brilhar em azul e para me deixar mais surpresa ainda a suposta parede no fim da caverna começou a desaparecer e um novo caminho apareceu pela frente. Eu fiquei parada, em choque, vendo os dois ultrapassarem para mais adentro do lugar.
— Venha! Não fique aí parada. — Annie disse fazendo um gesto para que eu fosse.
Depois do momento de choque voltei a caminhar e alcançar eles, a caverna foi ficando cada vez mais escura e eu pensei que aquilo não teria um fim, já estava começando a ficar ansiosa para saber o que havia dentro daquilo. Então uma luz começou a surgir a nossa frente, onde quer que estivéssemos, havíamos chegado. Tristan e Annie pararam na saída da caverna e me esperam.
— Bem-vinda à EMU, Escola de Magia Universal. — Os dois disseram em um som uníssono.
E eu então olhei para frente. Provavelmente eu estava de boca aberta, aquilo não estava em nenhuma das hipóteses que eu havia imaginado. Era como se eu estivesse entrando em um outro mundo, com cores mais vivas e com construções que eu não sabia o que eram, mas eram enormes. O lugar todo era enorme, com vales e campos cheio de flores, floresta e muitas mais coisas que eu nem podia descrever, havia também milhares de pessoas no lugar, muito diversificadas. Tudo que você nunca imaginaria estar dentro de uma caverna.
— É lindo não é? — Annie falou olhando para as construções. — Mas agora vamos! Ou se não iremos levar uma bronca de Pholos.
De uma hora pra outra, meu dia havia melhorado, aquele lugar era incrível e eu queria explorar cada canto.
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Diana Moore e os Artefatos Mágicos ⚡
FantasyTrês meio-sangues descendentes dos grandes Para o Nordeste irão, Desafios e tragédias enfrentarão E diante do artefato Um se perderá no ato.