Todos do lado de fora estavam armados, Arianna invocou uma espada e seguiu em direção ao amontoado de pessoas. Só então pude ver melhor o que acontecia. Outro rugido ecoou, só que agora mas aterrorizante. Olhei na direção do som. Um leão, mas não era um comum como eu esperava, aquilo era no mínimo duas vezes maior, além de que nada parecia afetá-lo. Semideuses, fadas, sereias, bruxos e outras criaturas lutavam juntas, atacando o leão com todos os tipos de armas, mas aquilo não causava nenhum arranhão na criatura, a pele dele parecia até mesmo impenetrável.
— Harvey! — Eu gritei. — O que é isso?! Como matamos?
— O Leão de Nemeia. — ele respondeu, paralisado.
Tristan apareceu ao nosso lado, tropeçando e cheio de arranhões.
— Deuses! Por que eu não prestei atenção naquela aula?! — ele lamentou, gritando. — Como foi que Hércules matou essa coisa?!
— Hércules matou isso?! — eu questionei. — Então por que é que está na nossa frente? Não deveria estar morto.
— Oh, Diana, não faz pergunta difícil, eu sou filho de Poseidon, não de Atena. — Tristan exclamou. — Eu sei lá o por que dessa besta tá aqui. Mas pessoas já morreram, precisamos fazer algo.
Só agora fui notar os corpos que estavam caídos em volta do leão, nesse momento o desespero começou a tomar conta de mim. Não queria deixar que mais pessoas morressem, queria fazer algo mas não fazia ideia do que. Hércules havia matado aquilo, ele era um filho de Zeus também, eu seria capaz de fazer o mesmo? Não me parecia uma coisa muito possível.
Olhei para Harvey, que parecia tentar ligar os pontos, mas era possível ver o desespero em seu rosto também.
— Eu vou lá, você fica aqui, não quero que você se machuque. — Harvey falou.
Não tive tempo de protestar, quando olhei ele já estava a metros do enorme Leão. Por que eu sentia um mau pressentimento naquilo? Não gostava daquele sentimento.
— Ele vai ficar bem, Diana. — Tristan tentou me tranquilizar. — Me ajude a trazer alguns feridos para dentro, precisamos ajudar.
Ajudei Tristan a pegar objetos para primeiros socorros. Me virei para entrar no interior da escola novamente, mas foi aí que senti uma dor imensa que ia do meu peito a minha barriga, eu caí com minhas mãos no peito ao sentir aquilo, ouvi um grito. Só então me dei conta do que aconteceu. A ligação mágica. Harvey.
— Harvey! — Eu gritei, lágrimas escorriam pelo meu rosto. — Harvey!
Me virei em direção a luta, desesperada, em busca de Harvey. Até que finalmente o vi, estava caído ao lado do Leão, sangrando muito. Larguei tudo o que estava em minhas mãos e corri em sua direção, abrindo espaço entre a multidão e não dando nenhuma atenção a criatura imensa, que agora estava muito próxima.
— Diana... saia daqui, você vai se machucar. — ele tinha dificuldade para falar.
— Pare de pensar em mim, pense em você, Harvey. — Eu chorava.
— Eu não mereço suas lágrimas, não chore. — ele quase sorriu.
Senti algo atrás de mim, algo grande, podia sentir a sua respiração.
— Diana! Não! Saia daqui, agora! — Harvey conseguiu gritar.
Me virei para trás, o Leão de Nemeia estava praticamente cara a cara comigo, ele se preparou para atacar, naquele momento tive certeza de que iria morrer. Porém quando ele foi realizar o ataque uma flecha o atingiu, não parecia feri-lo mas foi forte o bastante para fazer o Leão cair uns metros depois de mim. Olhei na direção em que a flecha veio, uma mulher alta de cabelos loiros escuros e olhos cinzas brilhantes como a lua estava parada na entrada da floresta com um arco em mãos, sorrindo orgulhosa. Ela tinha uma diadema em seu cabelo que tinha uma lua como símbolo. Quem era aquela mulher? Não parecia ser nenhum estudante da escola.
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Diana Moore e os Artefatos Mágicos ⚡
FantasyTrês meio-sangues descendentes dos grandes Para o Nordeste irão, Desafios e tragédias enfrentarão E diante do artefato Um se perderá no ato.