Ao entrar, o que vi foi surreal, nada do que eu estava esperando ver ao passar pela pequena porta.
A parte interna da sala, era uma arena de tamanho real, gigante, no estilo das arenas da Grécia e Roma antiga , possuía arquibancadas que rodeavam o local dando forma a um círculo, e no centro o local onde todos os semideuses gregos estavam reunidos, e onde eu imaginava ser o local para as lutas.
Harvey entrou e caminhou até o centro, eu fiz o mesmo depois de sair do transe que estava ao observar o local. No meio da arena estava parado um homem alto, com cabelos castanhos lisos na altura do ombro e olhos cor de mel, em seu rosto havia uma cicatriz perto do olho, mas isso não tirava nem um pouco a beleza do homem que possuía também um corpo musculoso. Deduzi que aquele seria o professor de luta e batalha.
— Ótimo! — exclamou o homem, animado. — Agora que todos estão aqui, vamos dar início a melhor aula dessa escola. Podemos começar nos apresentando, já que temos novatos.... Você! — ele apontou em minha direção. — Se apresente.
Eu levei um susto na hora, não estava esperando que ele me pedisse para falar primeiro. Mais uma vez, todos no lugar estavam olhando para mim.
— Hm, eu sou Diana Moore, filha de Zeus, é um prazer conhecer todos. — eu me apresentei.
— Uau! Outra filha dos grandes, isso é ótimo. — o homem parecia bastante surpreso. — Meu nome é Dylan, e eu serei seu professor de luta e batalha neste ano, e espero que nos outros também.
Dylan terminou a frase rindo, ao que tudo indicava ele parecia ser um bom professor. Outras pessoas se apresentaram e então o professor voltou a falar.
— Muito bem, agora vamos a prática. Essa é uma das aulas mais importantes que vocês terão, por serem semideuses batalhas sempre farão parte de suas vidas, portanto deem seu melhor nessa arena... Só tentem não matar um ao outro, Pholos não permite.
Depois de dizer isso, Dylan começou a dar diversas instruções do que deveríamos fazer, uma delas foi para que todos pegassem suas armas e formassem duplas, que deveriam ser construídas por um novato e um experiente.
— Já que vocês chegaram juntos e estão dentro da regra de novato e experiente, Diana você fica com Harvey. — concluiu o professor.
Não posso mentir, gostei de ter ficado com Harvey, mas também fiquei com um leve medo, com certeza ele lutava muito bem e eu não sabia nada.
Depois de que todas as duplas foram formadas, cada uma foi para um lado da arena, Harvey me puxou para o canto esquerdo.
De lá pude ver Tristan nos observar já com sua espada em mãos, a mesma do dia anterior de quando ele me salvou dos monstros. Só agora pude observar melhor os detalhes da espada, que parecia ser feita de prata e possuía detalhes em azul que reluziam, parecendo brilhar, e a deixava muito linda. Mudei meu olhar para Annie, que fazia dupla com Tristan, e a vi com uma espada menor, a qual possuía o cabo em vermelho e parecia ser feita de bronze ; nas costas de Annie estava também seu arco.
Naquela arena era possível ver uma diversidade de armas, cada uma com base no estilo da pessoa. Depois de rodar meu olhar pelas pessoas e suas armas voltei a observar Harvey, a tempo de ver ele tirando seu anel de caveira e o jogando no ar, assim como o meu, o anel girou e se transformou em uma espada, porém a dele era bem diferente da minha. Era toda preta, da base ao topo, e na parte acima do cabo havia caveiras, a lâmina possuía uma parte roxa, a qual parecia ser um líquido ou magia que percorria a espada até quase a metade. Além de que a sua espada era muito comprida.
Olhei para ele com uma cara de espanto.
— Que foi? Pensou que fosse a única com o truque do anel nessa escola? — ele perguntou com um sorriso provocador.
Eu olhei para ele com uma cara debochada e tirei o anel de meu dedo, fazendo o mesmo que Harvey, e em poucos segundos eu também tinha em mãos minha espada, fulgur vis.
— Ok... então que os jogos comecem. — Harvey disse.
Ele levantou a espada, ficando em uma posição pronta para o ataque, eu não sabia o que fazer então repeti os seus movimentos. E foi então que Harvey começou a atacar, pude ver o quão bom ele era nisso. De primeira só desviei dos golpes por não saber como lutar com uma espada, mas segundos depois senti uma energia invadir meu corpo, como se um raio houvesse me atingido, era possível que meu olho estivesse brilhando de energia.
Não sei como, mas comecei a revidar os golpes de Harvey em uma velocidade impressionante, até mesmo para mim, mas ele não deixou transparecer nenhum medo, continuou o duelo, defendendo e atacando.
A batalha estava intensa, com ótimo ataques e estratégias. Até que Harvey me deu um golpe que eu não estava esperando. Nossas espadas estavam cruzadas, e foi então que ele girou a sua sobre a minha e com um movimento rápido que não pude nem ver, pegou minha espada e a colocou sobre a parte de trás de minha cabeça, o que também fez com que nossos corpos se colarem.
A boca de Harvey estava a milímetros da minha, sua outra mão na minha cintura. Conseguíamos sentir a respiração acelerada um do outro, seus olhos alternavam dos meus para minha boca. Eu não conseguia pensar, aqueles olhos verdes encantadores e aquele maldito sorriso, um pequeno movimento e meus lábios encontrariam os de Harvey, aquele momento parecia estar durando horas, e eu poderia passar muito mais tempo daquele jeito, queria muito beija-lo, mas então voltei ao mundo real e me lembrei de que ainda estávamos em uma arena de batalha, e ao olhar ao redor me deparei com todos os olhares voltados para nós, minhas bochechas provavelmente estariam muito vermelhas naquele momento.
— Meus deuses! — gritou Dylan. — Esse foi um dos melhores duelos que já presenciei em toda minha vida, meus parabéns! Ganharam nota comigo.
Harvey pareceu se tocar de onde estávamos também e retirou a minha espada de trás de minha cabeça, descolando nossos corpos. Eu daria tudo para poder reviver aquele momento de novo, mas em um lugar que tu pudesse fazer o que realmente queria.
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Diana Moore e os Artefatos Mágicos ⚡
FantasyTrês meio-sangues descendentes dos grandes Para o Nordeste irão, Desafios e tragédias enfrentarão E diante do artefato Um se perderá no ato.