Diana Moore e os Artefatos Mágicos ⚡

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   Já era a décima loja de jóia que entrávamos no dia, Tristan colocou na cabeça que se a Pedra do Poder estivesse em algum lugar dessa cidade, com certeza seria em um loja.

     — Qual é cara? Você sabe que um artefato desses não estaria em uma loja de jóias. — Harvey reclama enquanto saímos da loja.

     — Ah é, então onde estaria? — Tristan retruca.

     — É uma coisa mágica, pode estar em qualquer lugar dessa cidade, pode estar debaixo da terra ou até no mar. Como vamos saber? — ele diz a última parte quase gritando.

    Todos nós já estávamos sem paciência, o céu estava escurecendo e passamos a tarde inteira rodando essa enorme cidade em busca da maldita Pedra, e até agora nenhuma pista. Eu esperava pelo menos um papelzinho caindo do céu com uma dica escrita, como em jogos, mas pelo visto estávamos no modo difícil do jogo.

    Andamos até a costa novamente e nos sentamos na areia, longe do mar porque talvez estivéssemos um pouco traumatizados. A imagem do pôr do sol na nossa frente era linda, assim até pareciamos três adolescentes normais aproveitando o dia de sol.

    Nós três estávamos em silêncio, acho que não tínhamos muito o que dizer ou pensar naquela hora. Mas em menos de dois minutos Tristan berra ao meu lado, quebrando o silêncio.

    — O Circo! — ele grita, olhando para um prédio. — Vai começar em uma hora, a gente precisa ir galera, sério.

    — Será se eu mandar você ir a merda, fica rude? — Harvey pergunta, sarcasmo em sua voz.

    — Fica. Qual é o problema de irmos? Já estamos cansados de andar por essa cidade e não achar nada. Nada melhor do que irmos em um circo maravilhoso para relaxarmos um pouco. — ele se vira para mim. — Não é, Diana?

    — Não concordo muito com a ideia, mas não acho que tentar procurar o artefato de noite seja uma boa ideia, então...

    — Era pra você me ajudar,Diana. — Harvey reclama, com uma cara de desânimo.

     Dei de ombros, não aguentava mais caminhar por esse lugar, e sei que no fundo ele também queria parar um pouco. Tristan levantou da areia quase pulando de alegria, parecia uma criança feliz quando ganha um presente.

    Seguimos Tristan até seja lá onde o circo ficava, e ele parou rapidamente, em frente ao que parecia um enorme hotel, parecia ocupar um quarteirão inteiro.

    O edifício era lindo, e curiosamente... familiar? Foi construído inspirado na arquitetura greco-romana, com toda certeza. A parte alta do prédio que estava em outro local do quarteirão lembrava muito a estrutura dos templos gregos. A entrada a qual estávamos possuía pilares no estilo coríntio, e no que seria a cornija das construções antigas estava gravado o nome Caesars. Na frente desses pilares estava a escultura em tamanho real de um homem com armadura, em cima de uma biga, que parecia puxar quatro cavalos.

     Olhei para Harvey e ele pareceu estar pensando o mesmo que eu.

     — É aqui que fica o Circus Maximus Theatre? — Harvey questiona olhando para a estátua.

     — Sim, aí dentro. — Tristan responde.

     — Sabe Tristan, talvez sua ideia não tenha sido tão ruim assim. — Ele olha pra mim.

     — Tá vendo, cara? Eu só dou ideias incríveis, sabia que no fim vocês iriam amar.

    Tristan foi em direção a entrada e nós o seguimos, parecendo agora mais animados com o que poderia estar por vir.