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Márcia sentiu seu sangue gelar o olhar penetrante de Inês a impedia de se mover a policial queria se afastar e pedir para a entidade ir embora, mas não conseguia.

- Eu não tenho medo de você. - mentiu descaradamente e Inês sorriu, sabia que Márcia mentia.

- É mentira, eu posso sentir sua angústia Márcia. - a mulher levou sua mão até perto do ombro da policial e deslizou sem toca-la mas a sentido muito mais do que um simples toque pode providenciar. - Por quê você tem tanto medo de mim?

Voltou a pergutar tirando sua mão de onde Estava

- Eu não tenho medo de você, tenho medo do que você possa fazer comigo.

- a humanidade sempre teve medo daquilo que não conhecia

- é diferente, desde que você...entrou na minha cabeça eu tenho pesadelos com oque aconteceu comigo.

Inês suspirou profundamente se sentiu incomodada por saber de tal informação e se sentiu na obrigação de prestar algum tipo de apoio

- Depois que entro na cabeça das pessoas é comum elas terem pesadelos por alguns dias, mas no seu caso faz semanas.

Se afastou de Márcia e voltou para a cozinha acompanhada da polícial

- tenho um jeito. - disse se virando para Márcia e esticou sua mão e várias borboletas azuis se aproximaram do seu braço. - Deixe elas fazerem o trabalho delas.

Inês pontuou e as borboletas voaram para a cabeça de Márcia rodeando todo seu cabelo

- Oque elas estão fazendo?

- As borboletas naturalmente se alimentam de restos, coisas podres, carnes mortas mas essas se alimetam de pensamentos triste, memorias tristes pesadelos...você não ira esquecer do que viveu mas eu espero que melhore.
- Explicou Enquanto umas cinco borboletas estavam rodeando a cabeça de Márcia que as observava encantada enquanto Inês explicação - Foi oque eu fiz com a filha do Eric, coitadinha estava sofrendo pela morte da Régia e tinha lembranças do corpo seco nela.

- como assim Régia? - Eric que havia acabado de chegar com Camila perguntou fazendo Inês se virar para o mesmo e as borboletas sumirem - Porquê você chamou a  gabi de Régia Inês? 

- Acho melhor você se sentar Eric. - Camila o aconselhou e o homem andou até a sala, acompanhado por Inês, Camila e Márcia.

- A Gabi é uma entidade Eric, você conhece a história da Vitória régia? É a gabi. - Camila não enrolou começou a  explicar para o homem que ouvia em silêncio. -  Depois de virar uma entidade ela fugiu e se misturou aos humanos nós nunca tivemos notícias dela depois disso, até o corpo seco matá-la.

- O corpo seco só mata Entidades... - o homem sussurou para si mesmo.  - por quê ele não me matou? 

- Você é um híbrido Eric, em você corre uma entidade e um humano.

- Então a Luna...

- Uma pr... -  Camila ia falar mas Inês a interrompeu.

- Não sabemos ainda.

Os assunto não foi mais falado, Márcia mostrou a Eric aonde seria seu quarto e aonde o Homem poderia tomar banho e descansar por um tempo, Camila explicou que eles demorarama chegar porquê Eric insistiu em passar em sua casa e pegar algumas roupas, por sorte Luna dormia e sua avó estava em seu quarto também dormindo. Márcia avisou as mulheres que iria tomar um banho e que elas poderia esperar na sala pois tinha novidades sobre o caso de Eric. - Obviamente Camila não obedeceu  -  andou pela casa de Márcia a conhecendo e observando todos seus detalhes. Havia bastantes livros na sala claramente a mulher gostava de ler quando saiu do banho Márcia prendeu seu cabelo. - mesmo ainda estando molhado. - e vestiu uma calça e uma blusa quando chegou na sala se deparou com Eric, o homem havia acordado e agora estava na sala junto com as outras mulheres.

- desculpa a demora. - Disse se sentando no sofá ao lado de Eric.

- Então oque você descobriu?

- bom.. - coçou a garganta e começou pegou uma pasta preta. - Eu falei com alguns contatos e descobrir que a acusação que eles tem contra você é muito fraca, o maior palpite deles é agressão e como o corpo desapareceu eles não tem prova, nem autópsia, nem um caso eles tem.

- Então oque você sugere? - Camila perguntou.

- Vamos esperar alguns dias, tenho que fazer umas ligação mas o problema maior é você ter fugido da delegacia.

- isso não é problema a Camila pode dá uma passada na delegacia e reverter oque fez.

- tem como?

- Tem sim. - Camila começou. - reverto meu encanto e eles vão se lembrar de você saindo da delegacia, vai ser como...eles tivesse liberado sua saída. 

As pessoas presente ali continuaram a conversar traçaram todo um plano para a ficha de Eric ser limpa novamente, já se passava das onze da noite quando Camila disse que iria embora no entanto Eric pediu para a mesma acompanhá-lo até o quarto que estava hospedado para ter uma conversa particular.

- Também estou indo

Inês falou enquanto via Camilla e Eric se afastaram a deixando sozinha com Márcia.

- Eu te acompanhado.

Márcia falou e acompanhou Inês até a porta, não era um caminho longo, na verdade era curto que se seguiu em silêncio por parte das duas mulheres, quando abriu a porta para a mais velha sair, Márcia coçou sua garganta para falar.

- É...como eu sei que bom, sabe, não vou  ter pensamentos ruins?

Inês sorriu sem mostrar seus dentes, era como se a mulher já soubesse oque Márcia iria pergutar - Maldita mulher. - a morena se aproximou de Márcia com seu olhar penetrante levou sua mão até a bochecha da mulher e se aproximou quase encostando seus corpos. - quase ainda havia um bom espaço entre as duas. - arrastou sua unha pelo rosto sardento de Márcia que não ousava dizer nehuma palavra, agora o olhar de Inês estava no seu movimento com a mão no rosto de Márcia e o olhar de Márcia estava na face de Inês.

- Não sinto presença negativa. - sussurou e olhou para Márcia que desviou o olhar. - Agora acredito que possa ir embora.

Tirou a mão do rosto de Márcia e a encarou por alguns segundos e saiu, sentia sua garganta seca e coração acelerado.

Maldita mulher.

The Story (Marinês)Onde histórias criam vida. Descubra agora