Capítulo vinte e nove

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Como esperado pelos alunos, finalmente o último dia de aula antes do recesso para o Ano-novo havia chegado e a turma se preparava para a penúltima aula quando Fred entrou em sala de aula

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Como esperado pelos alunos, finalmente o último dia de aula antes do recesso para o Ano-novo havia chegado e a turma se preparava para a penúltima aula quando Fred entrou em sala de aula.

— Sabrina. – todos os alunos olharam para o inspetor e, em seguida, para Sabrina. — Você tem uma ligação pra atender na recepção. – a garota olhou para Chiara que fez um sinal com a cabeça, querendo saber o motivo da ligação, porém Osuna apenas deu de ombros, dando a entender que também não sabia o motivo da ligação.

A garota se levantou da mesa onde estava sentada e seguiu Fred que saiu na frente, sem ao menos esperá-la. Ao chegar na recepção, o inspetor deixou Sabrina sozinha e ela logo pegou o telefone que estava fora da base.

— Alô? – atendeu a ligação enquanto se sentava no braço do sofá que ficava ao lado da mesa.

— Nossa. Que demora pra atender, hein? – a garota de cabelo colorido revirou os olhos.

— Ah, desculpe se eu estava na sala de aula esperando a aula começar e não andando por aí pelos corredores. – Cameron riu do outro lado da linha. — Enfim, conseguiu falar com o seu pai?

— Consegui. Falei tudo o que o Marzio faz nas aulas e disse o que ele fez "comigo" na última aula. Claro, também tive que inventar umas... Mentirinhas, mas deu tudo certo. – um enorme sorriso se fez presente no rosto de Sabrina.

— Olha, eu não sou muito fã do seu pai, mas pela primeira vez eu tenho que agradecer por ele ser um homem poderoso. – riu. — E que horas você vai voltar? Não vai perder esse momento, não é?

— Infelizmente vou. – sua voz saiu num tom de desapontamento. — O meu irmão mais velho mora em Manchester e vamos passar a virada do ano lá. Tenho que ajudar a Ludovica a arrumar as malas e só volto pra buscar algumas roupas que pretendo levar.

— Puxa... Queria que você visse ao vivo o tombo do Marzio. – fez bico. — Mas, pelo menos você e a Ludovica já estão numa boa.

— Sim, sim. Ela me lembra a minha mãe, só que mais nova. – riu. — Gosto de conversar com ela.

— Fico feliz por isso. – Sabrina sorriu e um silêncio se fez na ligação. Às vezes a garota se perguntava o que mudou para que ela passasse a gostar de Cameron. No começo eles não suportavam sequer ouvir a voz um do outro e, agora, não conseguiam ficar longe um do outro.

Sabrina sempre evitou gostar de alguém; sempre ficava com as pessoas, mas nunca passava para algo mais sério. Porém com Cameron era diferente. Ela gostava dele e não fazia esforços para não gostar.

— Sabrina, só uma pergunta, você pretende ficar na ligação por quanto tempo? – Fred indagou ao aparecer na recepção. — Caso tenha se esquecido, você tem aula agora.

— Eu... Preciso ir. – Osuna levantou-se.

— Tudo bem, me conte como foi depois. Eu chego no próximo tempo. – Sabrina apenas sorriu e colocou o telefone em sua base, assim encerrando a ligação.

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