O dia havia amanhecido agitado na casa de Lucca. Pelo dia seguinte já ser a véspera de Ano-novo, as empregadas corriam de cima a baixo preparando a casa para receber os convidados de Jean e Fede que passariam a virada na mansão dos Giordano.
Lucca acordou com Carlota falando com outra empregada em frente a porta de seu quarto e, após relutar por alguns minutos, finalmente abriu os olhos e olhou para a parede que ficava sua cama, onde havia duas camisas emolduradas do seu pai — uma de quando ele entrou no Milan e a outra quando ele entrou para o Juventus — e uma grade de fotos dele com seus amigos, nas festas importantes de seu pai e de sua mãe.
O garoto se levantou da cama e, ao abrir a porta, a mulher que conversava com Carlota voltou a fazer seu trabalho. Lucca a encarou confuso, porém deu de ombros e olhou para a mais velha a sua frente.
— Bom dia Carlota. Que horas são? – bocejou enquanto coçava a cabeça.
— Bom dia senhor Giordano. São nove da manhã. – a empregada começou a tirar pó do corrimão da escada com o espanador que segurava. — Desculpe, senhor. Eu não queria acordá-lo a essa hora.
— Tá tudo bem. – ele riu cruzando os braços. — Eu marquei de comer fora mesmo.
— Com a senhorita Chiara? – Carlota o encarou e ele assentiu confuso, já que não havia comentado aquilo em casa. — A sua mãe me pediu para que eu a convidasse para o café da manhã...
— Como é? – a voz de Lucca ecoou pelo corredor, fazendo com que as duas empregadas que estavam presentes no local limpando as janelas parassem seus afazeres para prestarem atenção na conversa. — Onde está a minha mãe?
Assim que a loira respondeu onde Jean estava, Lucca correu sem dizer mais nada em direção à piscina e encontrou sua mãe deitada na cadeira de sol enquanto lia o jornal. O adolescente estava muito irritado. Ele a todo custo evitava falar com seus pais e, depois de meses, finalmente teria uma conversa com mais de duas palavras com sua mãe.
— Chamar a Chiara pra cá? Por quê? – bateu as mãos em suas pernas e recebeu o olhar de Jean, que o encarou por cima de seus óculos de sol.
— Ué meu filho. – a morena sentou-se. — Você já namora essa menina há meses e nem a conhecemos. Vou aproveitar que seu pai está em casa hoje e faremos um café da manhã para conhecê-la.
— Vocês não precisam fingir ser bons pais para ela. – negou com a cabeça. — A Chiara não liga pra isso.
— Mas eu faço questão. – levantou-se. — Eu consegui convencer seu pai a ficar em casa hoje. É a sua primeira namorada e queremos conhecê-la sim. Por favor. – passou sua mão no braço desnudo do menino e ele suspirou pesado.
— Não perguntem nada da vida pessoal dela, por favor. – a encarou fixamente nos olhos. — Sejam superficiais como sempre. – saiu dali e entrou em casa ainda irritado.
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Elite
Fiksi RemajaElite. O internato mais requisitado na grande Verona, onde apenas os filhos de pessoas famosas ou de grande influência estudavam, além de alguns bolsistas. No ultimo ano de alguns alunos, novos entram no colégio para mudar completamente o conceito q...