Capítulo trinta

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O dia havia amanhecido agitado na casa de Lucca. Pelo dia seguinte já ser a véspera de Ano-novo, as empregadas corriam de cima a baixo preparando a casa para receber os convidados de Jean e Fede que passariam a virada na mansão dos Giordano.

Lucca acordou com Carlota falando com outra empregada em frente a porta de seu quarto e, após relutar por alguns minutos, finalmente abriu os olhos e olhou para a parede que ficava sua cama, onde havia duas camisas emolduradas do seu pai — uma de quando ele entrou no Milan e a outra quando ele entrou para o Juventus — e uma grade de fotos dele com seus amigos, nas festas importantes de seu pai e de sua mãe.

O garoto se levantou da cama e, ao abrir a porta, a mulher que conversava com Carlota voltou a fazer seu trabalho. Lucca a encarou confuso, porém deu de ombros e olhou para a mais velha a sua frente.

— Bom dia Carlota. Que horas são? – bocejou enquanto coçava a cabeça.

— Bom dia senhor Giordano. São nove da manhã. – a empregada começou a tirar pó do corrimão da escada com o espanador que segurava. — Desculpe, senhor. Eu não queria acordá-lo a essa hora.

— Tá tudo bem. – ele riu cruzando os braços. — Eu marquei de comer fora mesmo.

— Com a senhorita Chiara? – Carlota o encarou e ele assentiu confuso, já que não havia comentado aquilo em casa. — A sua mãe me pediu para que eu a convidasse para o café da manhã...

— Como é? – a voz de Lucca ecoou pelo corredor, fazendo com que as duas empregadas que estavam presentes no local limpando as janelas parassem seus afazeres para prestarem atenção na conversa. — Onde está a minha mãe?

Assim que a loira respondeu onde Jean estava, Lucca correu sem dizer mais nada em direção à piscina e encontrou sua mãe deitada na cadeira de sol enquanto lia o jornal. O adolescente estava muito irritado. Ele a todo custo evitava falar com seus pais e, depois de meses, finalmente teria uma conversa com mais de duas palavras com sua mãe.

— Chamar a Chiara pra cá? Por quê? – bateu as mãos em suas pernas e recebeu o olhar de Jean, que o encarou por cima de seus óculos de sol.

— Ué meu filho. – a morena sentou-se. — Você já namora essa menina há meses e nem a conhecemos. Vou aproveitar que seu pai está em casa hoje e faremos um café da manhã para conhecê-la.

— Vocês não precisam fingir ser bons pais para ela. – negou com a cabeça. — A Chiara não liga pra isso.

— Mas eu faço questão. – levantou-se. — Eu consegui convencer seu pai a ficar em casa hoje. É a sua primeira namorada e queremos conhecê-la sim. Por favor. – passou sua mão no braço desnudo do menino e ele suspirou pesado.

— Não perguntem nada da vida pessoal dela, por favor. – a encarou fixamente nos olhos. — Sejam superficiais como sempre. – saiu dali e entrou em casa ainda irritado.

 – saiu dali e entrou em casa ainda irritado

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