Cameron estava um misto de ansiedade e nervosismo. É claro que o que ele mais queria era a volta de Francesco, porém ele tinha medo de como seriam as coisas agora que ele estava de volta, e o garoto sabia que a situação só pioraria.
Quando o carro parou, Cameron sentiu seu estômago embrulhar. Ao abrir a porta, abaixou a cabeça e esperou para ver se, ao menos, golfava. Ludovica saiu e esperou que o loiro ficasse bem para poderem seguir seu caminho. Ela não queria que ele passasse por aquilo, mas não tinha escapatória.
— Vamos Cam? ‒ chamou sua atenção que a encarou com os olhos vermelhos e as veias de seu rosto saltadas. De Luca saiu do carro meio cambaleante e segurou a destra que Ludo havia estendido para ele.
Os seguranças formaram uma enorme muralha em volta dos dois que seguiam para a porta de entrada da mansão. Ludovica segurava firmemente nas mãos de Cameron e ele as apertava de volta enquanto respirava pesado. Francesco estava na sala, sentado em uma poltrona e bebendo um café gelado.
— Francesco? Chegamos. ‒ a mulher chamou a atenção do mais velho que, ao olhar em sua direção, colocou sua xícara na pequena mesa de centro que havia à sua frente e se levantou. Dessa vez, como de costume, o velho não usava terno; e sim, uma camisa verde-escuro polo da Burberry, um short bege e um tênis ‒ que ele costumava usar para jogar golfe ‒ branco.
— Finalmente! ‒ sorriu e Cameron estranhou aquilo. Seu pai estava tão calmo, como se não tivesse passando por nenhuma dificuldade. Como se não tivesse feito a vida de sua família virar de cabeça pra baixo da noite para o dia. — Trouxe presentes para vocês. ‒ apontou para o sofá, onde haviam várias sacolas e caixas de sapatos.
— Você... Comprou dois Christian Louboutin pra mim? ‒ Ludovica riu fraco, porém ela não parecia feliz com aqueles presentes, e tampouco Cameron.
— Bom, eu vi que os paparazzis e jornalistas não te deixavam em paz. Agora, pelo menos, você pode desfilar com saltos novos quando eles forem te encher o saco. ‒ riu. — E, filho, eu vi que precisava de um relógio novo então comprei um Rolex pra você. Foi um pouco difícil meu assistente comprar sem que soubessem quem ele era na loja e a mídia descobrisse, mas aquela loja tem uma ótimo compromisso com o sigilo do cliente.
— Eu não acredito nisso. ‒ Cameron cruzou os braços, balançando a cabeça negativamente, assim que soltou uma risada sem humor. — O senhor passou dois meses escondido jogando golfe e fazendo compras enquanto nós ficamos preocupados com o que podia te acontecer, sofrendo com a pressão da mídia e da assembleia, e tentando resolver as coisas para que você voltasse?
— Cam, deixa de ser dramático. ‒ Francesco franziu o cenho. — Essa não é a primeira vez que isso me acontece. Daqui a pouco uma nova notícia surge e eles esquecem esse assunto, é normal. ‒ deu de ombros.
— É normal? É normal? Não, isso não é normal! ‒ o loiro exclamou num tom de ódio e indignação.
— Quando você estiver no meu lugar vai entender o que estou dizendo. Tudo o que eu faço é pra ver essa família bem, sem ter do que reclamar. Se vocês sempre tiveram do bom e do melhor foi porque eu investi nisso e, aliás, que mal tem tirar um pouco do que deve para si mesmo? Todos fazem isso. ‒ riu fraco.
— Francesco, isso não é justo com as outras pessoas. ‒ Ludovica se aproximou mais de Cameron e colocou as mãos em seus ombros, na intenção de acalmá-lo.
— A vida não é justa, meu amor. ‒ riu com escárnio. — É a terceira vez que eu passo por essa situação, logo o povo esquece. A primeira vez eu me casei com a Violetta e depois você nasceu. As pessoas gostam de notícias novas. Uma nova, todos esquecem essas minhas histórias e meus advogados finalizam o resto.
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Elite
Ficção AdolescenteElite. O internato mais requisitado na grande Verona, onde apenas os filhos de pessoas famosas ou de grande influência estudavam, além de alguns bolsistas. No ultimo ano de alguns alunos, novos entram no colégio para mudar completamente o conceito q...