Já era Sexta-feira e os alunos do terceiro ano saíam do laboratório após a aula de Biologia e voltavam para a sala para o próximo tempo que seria de Italiano.
— Cameron! Aí está você! – a voz do homem fez o corpo de Cameron estremecer e ele parou no meio do saguão, colocando as mãos nos bolsos de sua calça.
— O que faz aqui papai? – indagou enquanto Francesco se aproximava com seus seguranças.
— Vim te trazer pessoalmente os convites da sua festa. A Ludovica foi pegar ontem e eu decidi onde será. – fez um sinal com a mão para que um dos seguranças entregasse para Cameron o pacote dos convites. — Será no nosso hotel e os seus irmãos já estão hospedados lá. Farei um jantar hoje lá e quero que você vá para ver o espaço.
— Pai, eu não posso ir... Hoje é o show de talentos e eu disse a Mia que a veria se apresentar. – cruzou os braços e desviou o olhar.
Cameron sabia que sempre dava desculpas para não ficar entre família, mas não era porque ele não gostava dos seus irmãos — na verdade ele os amava. Era mais pelo fato dele evitar passar o tempo com o seu pai. Apesar de não intervirem em nada, seus irmãos sabiam do real sonho do caçula e aquilo não mudava nada na relação deles, porém se Francesco descobrisse, tudo mudaria.
— Cam... O seu nariz está machucado? – Francesco virou o rosto do filho para si, podendo ter uma visão melhor do nariz roxo do garoto e o olho direito vermelho.
— Bom, é o que dizem, né. – riu fraco. — Melhor um nariz quebrado do que um coração partido. – sorriu, mas, ao ver a cara nada satisfeita de seu pai, logo o desfez.
— Você sabe que temos regras. E uma delas é que os De Luca nunca ganham um nariz quebrado, muito menos um coração partido. – pegou do bolso de sua calça sua caixa de cigarros e seu isqueiro, não demorando para acender um maço.
— Ontem eu saí com uns amigos e acabei bebendo demais. Um idiota acabou derrubando bebida em mim, eu me estressei e acabei batendo nele. Ele acertou meu olho e nariz e eu acertei o olho dele e a boca. – o loiro olhou para o chão e sentiu a fumaça do cigarro vir em sua direção.
— Pelo menos você não foi o único que apanhou. Isso já é um grande começo. – deu de ombros. — Enfim, vá se trocar para irmos ao hotel. Se quiser chegar na hora da sua festinha boba, é melhor não demorar. – Cameron o encarou surpreso, porém Francesco nada mais disse, apenas fez um sinal para os seguranças e eles deram passagem para que ele passasse.
O garoto olhou em direção à porta de sua sala e viu que Lucca o olhava enquanto Chiara falava algo com ele. Lucca mexeu os ombros, como se perguntasse o que tinha acontecido, porém Cameron apenas negou com a cabeça, dando a entender que também não tinha entendido muito, e subiu para o seu dormitório. Assim que ele subiu, o professor de Italiano chegou e todos começaram a entrar.
— Chiara, o Fred pediu para avisar que você tem uma ligação na recepção. – colocou a mão na frente da porta, impedindo que a garota entrasse. Chiara olhou confusa para Lucca que havia entrado e ainda segurava a sua mão e tornou a olhar para o professor.
— Tudo bem, eu... Vou lá ver o que é. – soltou a mão de seu namorado e ele apenas fez um coração com os dedos antes dela ir até a recepção.
Assim que chegou à recepção, Chiara pegou o telefone que já estava fora do gancho e, ao atender e escutar a voz do seu pai, ela teve um pressentimento ruim.
— Pai, a mamãe está bem? Aconteceu algo? – começou a enrolar o fio do telefone em seus dedos e seu coração começou a bater de forma descompassada.
— Nada demais, minha filha. A sua mãe não queria avisar, mas eu queria que você soubesse que ela vai ficar internada essa semana.
— Como é? – a voz de Chiara embargou.
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Elite
Teen FictionElite. O internato mais requisitado na grande Verona, onde apenas os filhos de pessoas famosas ou de grande influência estudavam, além de alguns bolsistas. No ultimo ano de alguns alunos, novos entram no colégio para mudar completamente o conceito q...