Capítulo doze

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— Nina, eu estou muito feliz por você ter me convidado para passar o final de semana aqui! – Chiara exclamou animada sentando-se na cama de Nina.

— Ah, que nada. Quando você me disse que morava longe da escola e que seus pais passariam esse fim de semana no hospital, eu não pensei duas vezes em te chamar. Passar o final de semana na escola é um saco, vai por mim, você não gostaria de ficar lá. – a ruiva riu jogando sua mochila ao lado de sua cama, não demorando para sentar-se ao lado de sua amiga.

— Bom, por mim eu os acompanharia sem problemas, mas meu pai disse que seria bom eu passar esse fim de semana com os meus novos amigos. – a morena sorriu sem mostrar os dentes, porém bastante contente por logo em sua primeira semana ter feito amizades e por ter a sorte de dividir o quarto com duas meninas incríveis.

Chiara sempre acompanhou sua mãe nas sessões de quimioterapia e aquela era a primeira vez em que ela passaria dois dias seguidos no hospital. Quando seu pai a avisou disso, a menina insistiu para que fosse junto, porém seu pai negou; disse que era melhor ela ir para casa ou ficar na escola, curtindo com seus colegas, já que ela tinha que socializar com eles.

— Chiara, desculpa perguntar mas... Por que seus pais vão ficar mesmo no hospital? Eles trabalham lá ou algo do tipo? – Nina chamou sua atenção.

— Hã... Não, não é isso. – negou com a cabeça. — Desculpe Nina, mas eu não estou pronta para falar disso agora. Se eu contar, vou me sentir uma péssima filha por estar aqui e não lá com eles, e sei que não é isso que o meu pai quer.

— Não se desculpe, tudo no seu tempo. Quando você tiver preparada para contar, eu estarei aqui para te ouvir. – Nina sorriu e Chiara sorriu agradecida pela compressão de sua amiga. — Agora, o que você acha de descermos para você conhecer meus pais e comermos alguma coisa? Eu acho que eles fizeram as compras do mês e compraram doces. – levantou-se da cama e estendeu a mão para Chiara, que logo a fez o mesmo e as duas saíram do quarto da ruiva.

Simultaneamente a isso, Lucca havia acabado de chegar em casa. Sua mãe não estava — ela havia ido para uma sessão de fotos e só chegaria a noite —, isso significava que Lucca tinha a mansão todinha somente para ele.

O garoto ligou o rádio que ficava em sua sala e, imediatamente, as luzes da sala ficaram roxas. A música que tocava era uma de Capo Plaza e, enquanto uma de suas empregadas foi levar sua mochila para o seu quarto, ele foi até a cristaleira de seu pai.

Pegou a Macallan M ainda fechada e um copo de uísque, não demorando para colocar o líquido no mesmo. Fede havia ganhado aquele uísque como presente de um amigo seu e, como era ocupado demais, não tinha tempo para beber; Lucca estava apenas fazendo um favor para o seu pai e vendo se o uísque realmente valia a pena, já que seu pai tinha um gosto bastante refinado para bebidas.

Ao terminar de beber, foi até a prateleira da sala onde haviam diversas fotos em família de momentos importantes — como campeonatos de futebol tanto de Fede como da antiga escola de futebol que Lucca participava quando pequeno e desfiles de moda de sua mãe, junto com desfiles em que o garoto participou. Ao lado de uma foto de Fede com Lucca usando pela última vez seu uniforme do Milan, antes de entrar para o Juventus quando Lucca ainda tinha seis anos, havia uma caixinha onde Fede sempre guardava uma caixa de cigarros. O cigarro da vez era um Davidoff e Lucca não pensou duas vezes antes de abrir a caixa para pegar um maço de cigarro.

O garoto pegou o isqueiro e acendeu o maço, dando uma tragada no mesmo. Soltou a fumaça no ar e balançou a cabeça em ritmo com a música.

— Carlota, prepare algo para eu comer! Estou com fome! – avisou em um tom alto para que a mulher que estava na cozinha escutasse, por conta da música alta.

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